Em abril os números das sondagens JN/TSF/Pitagórica previam um empate técnico entre PS e PSD. No entanto, apesar de todas as gaffes, e de se apresentarem com uma campanha à imagem do candidato, os números mais recentes começam a dar um sinal de recuperação de Pedro Marques.
Apesar de estarem a assumir um discurso tradicional de direita, a entrada de António Costa na campanha e a diminuição da presença de Pedro Marques começaram a fazer efeito.
Depois do esforço de dispersão do eleitorado de direita, com o surgimento de partidos Liberais, como o Aliança e o Iniciativa Liberal, cuja página de Facebook já foi uma página de apoio a António Costa, a campanha do PS parece estar obcecada com o o eleitor que votou em Pedro Passos Coelho, e apresenta uma linha claramente virada para atributos que o António Costa não conseguiu associar na campanha de 2017.
O PS tem feito um esforço para trabalhar atributos que normalmente não lhe estão associados, como a responsabilidade, as contas certas e capacidade de execução.
A responsabilidade: Sinceramente, não sei qual a ideia mais difícil de passar ao eleitor, se a ideia de que o Partido de José Socrates pode ser responsável, ou se a ideia de que Pedro Marques consegue dar mais que indicações de trânsito a António Costa.
As contas certas: Acho difícil destronar Pedro Passos Coelho nas contas certas.
A ocupação do espaço do PSD não se fica por aqui, a ideia de que o PS representa o partido do trabalho também está a ser testada na campanha de Pedro Marques.
E se isto já não era estranho o suficiente, o PS foi ainda mais longe, foi buscar o slogan à campanha do Fernando Nogueira de 1995.
Mas isto de pouco importa para o resultado eleitoral do PS, o relevante é que o Pedro Marques fale o menos possível e que o António Costa dê a cara.
Sem comentários:
Enviar um comentário