domingo, 27 de agosto de 2017

Atitude Positiva


Um estudo feito pela Amway, que reflete os resultados sobre o empreendedorismo num ambiente laboral em constante mudança, dá excelentes indicações sobre Portugal.

O Global Entrepreneurship Report (2016) feito em 45 países, revela que 67% dos portugueses têm uma atitude positiva em relação ao empreendedorismo e 36% têm potencial empreendedor e imaginam-se a criar a sua própria empresa.

Portugal tem indicadores superiores à Alemanha, Espanha e Hungria, entre outros. A média europeia é de 74% quanto à variante da atitude positiva em relação ao empreendedorismo e de 39% quanto ao potencial empreendedor.

Este estudo revela ainda que 45% dos portugueses considera que abrir o seu próprio negócio é uma boa possibilidade de carreira. Além disso 39% consideram que têm as competências e recursos suficientes para começar o seu próprio negócio. Por fim, 54% dos portugueses diz que não se sente socialmente pressionado ou condicionado para poder abrir o seu negócio.

É no fator do empreendedorismo e inovação que devemos apostar para garantir mais alternativas de futuro para Portugal, aproveitando a crescente melhoria da atitude positiva dos portugueses e principalmente dos mais jovens.

Estas apostas ajudam a solucionar problemas chave como a criação de emprego, a redução do desemprego, a revitalização da economia e consequentemente o aumentos dos indicadores de confiança da economia. Haja vontade e empenho.


Amostra do estudo: 
50,861 inquiridos
45 Países 
(Asia: China, India, Japan, Korea, Malaysia, Taiwan, Thailand, and Vietnam.
Europe: Austria, Belgium, Bulgaria, Croatia, Czech Republic, Denmark, Estonia, Finland, France, Germany, Great Britain, Greece, Hungary, Ireland, Italy, Latvia, Lithuania, Netherlands, Poland, Portugal, Romania, Slovakia, Slovenia, Spain, and Sweden
Latin America: Brazil, Colombia and Mexico
North America: USA and Canada)

Método de inquérito: 
face-to-face e contacto telefónico

Estudo AmWay: 

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Regressão civilizacional

Tive a sorte, ou o azar, de ter nascido ainda na dita geração X, poucos anos antes da Y, dos millenials. O que na prática quer dizer que ainda me lembro de ver notícias sobre o IRA, sobre a ETA, sobre a União Soviética, e de assistir às notícias da queda do muro de Berlim.

Naquela altura, com 13 anos, lembro-me do orgulho que se sentia com a evolução que o mundo estava a ter. Aliás, ainda três anos antes tínhamos aderido à CEE, hoje União Europeia, o que representava finalmente a entrada de Portugal no mundo desenvolvido.

Na realidade, com alguma ingenuidade à mistura, não deixava de ter razão: aquele tempo foi um tempo de saltos civilizacionais muito positivos. Durante os anos seguintes o comunismo faliu, o Pacto de Varsóvia dissolveu-se e muitos países da antiga Europa de Leste deram os primeiros passos em democracia. 

Mesmo a China, após o massacre dos estudantes em Tiananmen, é verdade, começou a abrir-se ao Ocidente. A eterna luta nacional pela independência de Timor conseguiu chegar a bom porto, após o massacre de Santa Cruz. Foi uma causa que mobilizou particularmente os portugueses.

Isto tudo aconteceu à mistura com tantos outros acontecimentos negativos, como o Iraque e os Balcãs, mas a ideia que se tinha era que, apesar de tudo, o terrorismo na Europa estava a diminuir e a democracia finalmente prevalecia sobre os totalitarismos que ainda restavam da 2ª Guerra Mundial.

Hoje, dá-se o impensável.

O terrorismo atingiu novo auge, com o ISIS e outros grupos radicais, que, perante uma vida miserável, acabam por se refugiar na certeza que o Alcorão lhes dá. Tal como já tinha acontecido no passado na Europa, mas na altura por causa de outro livro, a Bíblia.



Por outro lado, se olharmos para a Venezuela, vemos o comunismo regressar na sua pior forma, com o crescente controlo do Estado, mascarado de democracia, e com a desculpa que é para garantir a paz, tal como os soviéticos fizeram no passado. Neste país vemos todos os dias a população a ser reprimida e as instituições democráticas a serem destruídas. Uma espécie de doutrina Brejnev, onde tudo vale. Prender, matar, não é importante, o que importa é que Maduro consiga libertar o seu povo e assim garantir vidas miseráveis para todos. Sim, porque há coisas que não mudam. O comunismo, à semelhança de vários outros ismos, propaga-se bem na miséria.



Nos Estados Unidos, a extrema-direita perdeu a vergonha e assassinou mais uma pessoa. Ali, apesar da crise, não será tanto por causa da miséria, até porque não existe nos EUA um Maduro a arrastar a população para filas intermináveis em busca de bens essenciais, mas terá também muito a ver com a cultura, ou a falta dela.

Como é que depois de terem morrido 416 mil soldados americanos a combater o nazismo, alguém tem coragem de levantar uma suástica nos Estados Unidos? Como é que um indivíduo chamado Peter Cvjetanovic tem a lata de se achar um defensor do nacionalismo branco? Ele é branco, até aí é óbvio, mas tenho muitas dúvidas de que Cvjetanovic seja um nome assim tão típico dos Estados Unidos. Os imigrantes, antepassados deste tonto, corariam de vergonha ao verem o seu descendente fazer esta triste figura.


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Oeiras vai escolher...e ainda bem.

Como se previa a candidatura de Isaltino Morais foi validada pelo tribunal de Oeiras depois da reclamação que o mesmo fez. Três ideias ficam claras:

1- Neste caso em concreto um magistrado, que deveria ser a maior referência de independência, provou que a justiça é por vezes gerida em função de critérios e interesses pessoais. É o extremo sórdido e desonesto da justiça que deveria agora terminar com uma exemplar "pena" para o Juiz em causa, a bem da credibilidade da justiça;


2- Fica claro que os adversários de Isaltino Morais tudo fazem para que não vá a jogo. Neste caso Paulo Vistas, atual Presidente do Município de Oeiras, sai mal na fotografia acompanhado do seu compadre, o Juiz. Na política não vale tudo, desde as conspirações "judiciais" de um indivíduo (que foram, eventualmente, favores bem pagos/caros), mas muito menos vale a quebra da lealdade e amizade que se deve a quem fez desse indivíduo "alguém". Aqui o "julgamento" ficará a cargo dos eleitores de Oeiras;

3- Por fim fica claro que a justicialização da política só fragiliza a nossa democracia e com isso a escolha dos eleitores também sofre. A famosa frase "á política o que é da política e á justiça o que é da justiça", não passa de retórica de agentes políticos e agentes de justiça travestidos de falsos moralistas que promovem, na sombra, a morte da democracia. Porém fica uma garantia suprema...vivemos num estado de direito e isso é o caminho para melhorar a nossa democracia.

A bem dessa democracia (e ainda bem) dia 1 de Outubro serão os eleitores a escolher os seus eleitos. Em Oeiras e no País.


domingo, 6 de agosto de 2017

Momento Chave




A menos de 3 meses das eleições autárquicas, o ruído em volta das candidaturas e candidatos começa a aumentar.

Convém relembrar que o PS detém 150 câmaras municipais das 308 espalhadas pelo território nacional detendo por isso a presidência da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). Para o PS a vitória nas autárquicas só pode ser reconquistar a ANMP.

O mesmo critério deve aplicar-se ao PSD, como, aliás, já o admitiu o próprio líder do partido em várias ocasiões e sem que qualquer social-democrata, esteja ou não mais ligado a Passos Coelho, tenha discutido essa premissa.

Nesta matéria os Socialistas partem em vantagem, mas nunca é demais lembrar que as eleições não se ganham nem se perdem por antecipação, ao contrário do que alguns comentadores e jornalistas tendem a vaticinar, proclamando desde já a inevitabilidade de uma vitória do PS.

Não é aceitável que se trate o eleitorado com essa presunção e desdém, mesmo se admitirmos que a oposição social-democrata se encontra numa posição difícil, o que é uma realidade subjetiva.

Mas é preciso considerar que em Portugal não são os diretórios partidários que se submetem a eleições. Antes dos diretórios estão as estruturas locais que têm sabido afirmar-se ao longo de mais de 40 anos de Poder Local.

No caso do PSD, excluindo os erros de casting óbvios do líder e do coordenador autárquico, as estruturas locais, salvo “Leais” excepções, submetem a eleições mulheres e homens que acreditam que podem fazer algo melhor pelas suas populações e que são herdeiros de uma obra incontornável nas freguesias, vilas e cidades de Portugal, no continente e nas regiões autónomas.

Os autarcas escolhidos que se entregaram ou vão entregar a esta difícil missão em nome do PSD têm nas suas mãos o futuro de um partido chave da democracia portuguesa e essencial do poder local, enquanto primeira entidade a velar pelas populações.

À falta de energia e de estratégia ganhadora que a liderança manifestamente revela, cabe aos autarcas um esforço redobrado para garantir o único resultado aceitável que é a vitória em termos de câmaras e freguesias.

É um fardo pesado que infelizmente não se pode partilhar com todos. Mas, é preciso dizer agora, que conquistar mais câmaras do que o PS e sobretudo assegurar a liderança da Associação Nacional de Municípios não é uma missão impossível.

Neste momento chave os autarcas precisam de um Partido inclusivo, representativo e não de um Partido sectário, populista e maniqueísta como, por vezes, se tem visto.

É essencial concentrar esforços nas eleições autárquicas, deixando de lado um discurso que não tem adesão à realidade e uma retórica que vagueia entre o Diabo e os Reis magos.

Importa deixar de lado também a demagogia, o populismo e a falta de vergonha de quem vê na desgraça alheia 64 oportunidades de sucesso mediático.

Importa deixar claro - na acção - quem são as cigarras e quem são as formigas. Não basta a retórica de um líder desgastado.

O PSD só pode ambicionar a vitória. É essa exigência que qualquer social democrata deve fazer a Passos Coelho. Contentar-se com as vitórias do passado é continuar a viver numa redoma de vidro que apenas garantirá que nada muda.

Neste momento chave nenhum líder de nenhum partido combate os seus adversários apresentando derrotas. Neste momento chave para o PSD só a vitória importa porque só ela trás e garante futuro e estabilidade.

A não concretização desse objectivo seria um rude golpe não só para a direcção, mas para todo o coletivo social-democrata. 

Há momentos em que é preciso apelar à mobilização geral, ignorando momentaneamente divergências internas, por muito profundas que possam ser.


Assim deve ser em nome de valores mais altos.



Artigo publicado na edição on-line do Jornal Publico de 6 de Agosto:





terça-feira, 1 de agosto de 2017

SILLY SEASON



Começa hoje oficialmente a "Silly Season". 
Traduzido para a língua de Camões teremos então a "época Tola". 

Esta expressão anglo-saxónica está associada a um período de férias que determina uma ausência de notícias. 

Nessa ausência de notícias os órgãos de comunicação social têm a tendência para publicar uma série de matérias com pouca substância e relevância, mas sempre aparece uma ou outra que foge à regra.

Aqui deixo o meu contributo com uma convicção que pode ser notícia neste período "Tolo" e assim fugir à regra. Já agora mata-se o efeito surpresa:

Passos Coelho vai antecipar as eleições diretas no PSD para Novembro.

Bem vindos à "Silly Season"