terça-feira, 31 de maio de 2016

É obra


O primeiro-ministro António Costa, depois de iludir os Portugueses com uma vaca a voar, como se elas voassem e as galinhas tivessem dentes, passa agora a visão irrealista de que há lá fora nos nossos parceiros europeus e credores uma nova perceção de Portugal, defendendo que o país está em recuperação económica, de um país moderno, de um país de confiança, isto apesar de todos os indicadores económicos o contradizerem. É obra.
 

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Angola vai recrutar milhares de médicos,enfermeiros e professores!


18 mil na educação e 2000 para a saúde.
Em plena crise do petróleo, José Eduardo dos Santos procura responder às muitas urgências das 18 províncias angolanas.

‪#‎EuQueNaoSoudeEsquerda‬ Se este Governo tiver metade da coragem do anterior aguenta facilmente a manif amarela

Na verdade o anterior governo teve manifestações muito maiores e soube não ceder à pressão. E conseguiu manter-se como o partido mais votado no fim do mandato.

Só em 2012 houve mais de 3.000 manifestações (Lê mais aqui)

(foto retirada do Jornal Público)

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Factos de uma instabilidade social crescente



Tivemos uma semana recheada de mais do mesmo. Contestação! Durante estes dias, os assuntos mais discutidos e polémicos foram ainda os contratos de associação com os colégios e a greve dos estivadores no Porto de Lisboa. São dois temas que importa esclarecer em breves palavras, a começar pela questão da área educativa.




Os contratos de associação com as escolas particulares e cooperativas começaram no início dos anos 80, visando garantir que todos os alunos tinham acesso gratuito à educação, mesmo em áreas que a rede pública – por ausência de estabelecimentos de ensino – não cobria. Entretanto, foram sendo construídas várias escolas públicas (quem não se lembra da famosa Parque Escolar, E.P.E.) sem nunca se terem alterado os pressupostos dos contratos com os colégios.

O que agora se passa é que depois de assinados, em 2015, contratos de três anos com os colégios, para assim garantir a continuidade da frequência de alunos nos mesmos, o atual Governo publicou, em abril, um despacho normativo que define que aquelas escolas só podem receber alunos que residam “na área geográfica de implantação da oferta abrangida pelo respetivo contrato”. Este despacho altera o panorama para o futuro, uma vez que define que não serão abertas novas turmas com contrato de associação em zonas onde exista oferta da rede pública.

A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) defende que existe um contrato celebrado no ano passado por um período de três anos que deve ser mantido e que, por isso, a sua quebra deverá ter consequências judiciais. Já o Governo tem opinião diferente. O futuro não parece nada pacífico, mais ainda quando, segundo o executivo, apenas 9% dos colégios não dependem deste financiamento. 

Para além disso, a implementação prática do despacho de Abril vai empurrar para o desemprego cerca de 2 mil professores, o que para um Governo que se diz socialista e defende a empregabilidade não parece muito coerente. Tema quente e que ainda promete desenvolvimentos.

O outro tema da semana, e também quente, é o da greve dos estivadores que parece prometer a destruição da reputação do Porto de Lisboa e, com isso, afastar investimento fundamental para Portugal. 



Mas para que se saiba o que está em causa, importa referir que existe uma única empresa (Liscont) no Porto de Lisboa que tem o monopólio no que toca ao fornecimento de estivadores aos operadores portuários que pretendam movimentar as suas cargas no porto.

Confrontados com um monopólio que os asfixiava, os operadores decidiram fomentar a criação de uma empresa de estivadores (Porlis) que pudesse criar concorrência e reduzir os preços. Ora, o sindicato dos estivadores e a Liscont naturalmente que se manifestaram contra esta concorrência que ameaça os seus direitos e regalias, bem como o monopólio desta atividade. 

Por mais que se diga que o que se pretende é melhorar os contratos de trabalho, regular a atividade ou qualquer outro argumento do género, o que está verdadeiramente em causa é a manutenção do monopólio do fornecimento de estivadores por parte da Liscont e o poder reivindicativo desses profissionais. As consequências negativas para a atividade do porto são enormes e os prejuízos para os operadores são mais do que seria imaginável. 

Isto leva-nos a questionar a inteligência de quem lidera a contestação, pois é óbvio que não é legítimo que tanto a Liscont como os estivadores queiram manter o monopólio desta atividade no Porto de Lisboa. A hipótese de se criar um novo terminal no Barreiro ganha força e, com isso, a posição dos estivadores enfraquece. Ora, quando pensam estar a vencer, os estivadores estão, na realidade, a “cavar a sua sepultura”, pois a criação de um terminal no Barreiro reduzirá e fragilizará a sua capacidade reivindicativa. 

Quanto aos prejuízos que as greves consecutivas e prolongadas têm causado aos operadores, irão prejudicar a economia portuguesa, pois com certeza muitos destes operadores passarão a procurar rotas e portos alternativos com garantias de estabilidade para a sua atividade. O despedimento colectivo de estivadores, devido à redução brutal da atividade (mais de 50%), parece ser cada vez mais uma solução. Pena que seja por culpa dos próprios estivadores.

Eis os dois temas quentes da semana que revelam a instabilidade social existente. Embora não falte quem tente menosprezar a sua importância ou pretenda até ignorá-los, começa a ser difícil aos responsáveis políticos escondê-los.


FONTE: 
Jornal OJE Digital, www.oje.pt, Publicado em 27/05/2016
LINK DA NOTÍCIA: http://www.oje.pt/factos-instabilidade-social-crescente/


quinta-feira, 26 de maio de 2016

A queda da cadeira de ...Sá Fernandes.


A queda da cadeira de ...Sá Fernandes.

No tempo do Estado Novo, um momento idêntico (a queda de Salazar da cadeira) foi associado ao inicio do fim do regime.Veremos se tem paralelo com o momento e o "status quo" actual de Lisboa.

Ontem na reunião pública de Câmara a cadeira do Vereador Sá Fernandes partiu-se. 


Veja o momento no video abaixo.




quarta-feira, 25 de maio de 2016

Já estou farto do amarelo....


A razão:

O Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, em Santa Maria da Feira, recebeu 6 milhões de euros em 2015/16 por 74 turmas. À sua volta existem 14 escolas públicas com os mesmos níveis de ensino.

Já não há muito mais a dizer sobre a justiça desta medida de esquerda. 

No entanto, há um pergunta para a qual era importante ter resposta... Quem fez este contrato? 

Pode ver o estudo aqui: Link


(foto original do jornal publico)


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Porto de Lisboa, uma greve sem fim à vista!



Iniciada há um mês, estivadores decidiram continuá-la até 16 de Junho!
Afinal a "paz" anunciada pela ministra do mar, Ana Paula Vitorino, não passou de demagogia eleitoral.

Eu que não sou de esquerda, que sou contra o despesismo e a favor do rigor das contas públicas...

Não consigo compreender como é que alguém que combate o despesismo e defende o rigor das contas públicas pode defender a manutenção de contratos com colégios privados, quando na mesma área geográfica existem escola públicas.

Quem quer ter os filhos num colégio privado tem todo o direito, mas paga a propina. Aliás, como acontece na maioria dos casos. 

Existem contratos? Negoceiem a sua resolução como se fez com as PPP.

Não compreendo e não aceito que sejam os contribuintes a pagar o colégio privado de alguém, quando existe uma escola pública perto. 


(retirado do jornal publico)



É só impressão minha ou parece mesmo que a tropa dos colégios privados está para o Costa como a dos lesados do BES estava para o Passos

terça-feira, 10 de maio de 2016

Marcelo e o Acordo Ortográfico

A sério, eu devo andar a atravessar uma fase qualquer, pois dou comigo a ter dificuldade em compreender a posição do Marcelo Rebelo de Sousa sobre a questão do Acordo Ortográfico. 

Porque é que ele foi abrir uma guerra com um assunto tão polémico? Uma guerra que estava perdida à partida? Se é competência do governo, se o AO já está implementado há 5 anos, ao ponto de meio milhão de crianças apenas saberem escrever dessa forma, (Lê mais aqui), se mais ninguém quer tornar a falar do assunto, porque é que ele se sujeitou ao enxovalho de ouvir da CPLP que não há retorno no Acordo Ortográfico? (lê mais aqui)

Só se ele já sabia que a ratificação do AO estaria para breve em Angola e Moçambique, ou pior, se sabia que podia ser ele a desbloquear o impasse. 

Pelo menos, a malta anti-acordo ainda deve estar mais confusa do que eu...


Nós por cá...



segunda-feira, 9 de maio de 2016

A Censura está de volta

A liberdade de imprensa é um direito consagrado por via da Lei 2/99 de 13 de Janeiro, que garante o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações.



Numa lista de 180 países, Portugal ocupa a 23ª posição, com uma avaliação “satisfatória” quando se fala de liberdade de imprensa.

Mesmo sabendo nós que existem alguns jornalistas que abusam das suas competências e invadem, de forma grosseira, a vida de figuras públicas (ou menos públicas), sem terem consequências do seu (pouco) profissionalismo, lá vamos andando.

Porém, durante esta semana em que se festejou o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, no dia 3 de Maio, fomos confrontados com uma situação grave, que quase faz lembrar o tempo da “censura”.

O Jornalista da RTP, José Rodrigues dos Santos, apresentou durante o Telejornal (a 2 de Maio) a evolução da dívida pública nacional e fê-lo com recurso à imagem de um gráfico que referia o ano e o nível de evolução da dívida, recorrendo aos dados do Eurostat (Autoridade Estatística da União Europeia).

Até aqui tudo bem, dizemos todos nós. Trata-se de matéria de facto (basta ver os dados do Eurostat) e não de matéria especulativa, portanto a garantia de uma informação fiável estava salvaguardada.

Para espanto de todos os defensores da liberdade de Imprensa e da Liberdade de expressão, vem o ex-deputado Socialista, José Magalhães, atacar o Jornalista chegando ao cúmulo de classificar a explicação dada como “uma vigarice extrema”.

Mas vai ainda mais longe o Socialista, dizendo que, “Passá-la na RTP à hora de maior audiência é um enxovalho para o serviço público”.

José Magalhães acha que informar em horário nobre só se deveria fazer se o assunto não fosse incómodo ao Partido Socialista e ao atual governo.

O Jornalista da RTP foi factual apresentando apenas e só os números. Senão vejamos, em 2000 a dívida pública era de 61 mil milhões de euros. É um facto! Em 2005 a dívida pública tinha já um valor de 96 mil milhões de euros. É um facto!

Em 2011 a dívida pública andava na ordem dos 185 mil milhões de Euros. É um facto! Em Abril de 2016 a dívida pública portuguesa atingiu os 233 mil milhões de euros, valor que representa mais do dobro dos 60% a que Portugal se comprometeu com a assinatura do tratado da moeda única. É um facto!

Para os Socialistas se uma notícia lhes é favorável trata-se de bom “serviço público” e o(a) jornalista que apresenta a notícia é um(a) profissional de primeira e merece todo o crédito.

Caso a notícia seja desfavorável ao Partido Socialista e ao governo, então estamos perante uma afronta á “verdade”, um abuso do poder dos média, ou como diz o ex-deputado socialista José Magalhães, estamos perante “uma vigarice extrema”.

Isto revela um padrão de comportamento preocupante de quem tem dificuldade de viver em Democracia, sem a controlar. Esta atitude é reveladora da estratégia de condicionamento que o Partido Socialista faz junto dos órgãos de comunicação social.

Analisando friamente este comportamento dos Socialistas e do governo de António Costa, leva-nos a concluir que estamos perante uma deriva a roçar a “ditadura”, que quer condicionar tudo o que se lhe oponha.

É importante lembrar que a um governo responsável cabe o papel de promover e garantir a liberdade de expressão (onde se inclui a liberdade de imprensa), permitindo que todos o possam fazer livremente, numa democracia saudável.

Triste e lamentável é o Partido Socialista e o governo acharem que têm o direito de impedir que uma notícia seja publicada, só porque não gostam do seu conteúdo. Isto sim é uma afronta à liberdade e à democracia.

Esta afronta faz-nos temer o regresso da “censura” que é agora mais moderna, mais dissimulada, mais hábil, mais engenhosa…mais Socialista!


Avaliando a forma como se vêm as liberdades básicas é evidente que o Partido Socialista vê a liberdade de expressão (e de imprensa) da mesma forma que a Coreia do Norte vê os direitos humanos. Só existe para quem não presta.



AC/DC, mais um êxito em Algés


o novo vocalista Axl Rose quase fez esquecer Brian Johnson, a anterior estrela da banda australiana.

Se a formula resulta para quê mudar...

A Dilma continua basear no medo a sua estratégia de comunicação. Vai cair, mas vai fazer estragos... 


(imagem retirada do CM de hoje)

terça-feira, 3 de maio de 2016

domingo, 1 de maio de 2016

António Costa, o ilusionista




O termo “semestre europeu” refere-se a um processo anual de análise dos programas de reformas macroeconómicos e orçamentais, apresentados pelos membros da União Europeia (UE). Este processo culmina com a apresentação de recomendações que os membros devem seguir.

A análise feita aos programas e reformas propostas pelo Governo português começaram no final de fevereiro de 2016 com a aprovação tardia do Orçamento de Estado (março de 2016).

As recomendações da Comissão Europeia vieram, a 7 de abril, com sérios avisos de desconfiança em relação às metas propostas e às previsões do cenário macroeconómico e do Orçamento de Estado (OE), afirmando que Portugal deveria alinhar as suas políticas económicas e orçamentais pelas regras europeias.

O maior alerta do relatório apresentado pela Comissão referia que o Projeto de Plano Orçamental apresentava um cenário que estava em risco de não conformidade com as disposições do Pacto de Estabilidade e era necessário que o Governo português alterasse esse rumo.

Em maio, a Comissão reavaliará a situação, com base no Programa Nacional de Reformas (PNR), aprovado pelo Governo a 21 de abril. O PNR é um documento que os países estão obrigados a enviar anualmente à Comissão Europeia, em simultâneo com o Plano de Estabilidade, onde devem definir as suas linhas estratégicas de desenvolvimento.

Analisado o PNR, o que vemos são 126 medidas que falam de tudo e de nada. Um documento que não refere as implicações da despesa proposta no curto prazo e apenas quantifica (quando o faz) a poupança no médio e longo prazos.

Ou seja, gastar muito, já em 2016/2017… Poupança, só lá para 2019. O pior é que nem todas as medidas apresentam as respetivas implicações orçamentais. O PNR promete um investimento de 25 mil milhões até 2020 (depois das eleições legislativas de 2019), sendo a maior parte desse investimento proveniente de fundos comunitários.

No PNR, o financiamento que Portugal garante representa menos de 1/4, quando os restantes 3/4 do financiamento serão provenientes de fundos comunitários, através do programa Portugal 2020, do plano Juncker e do Banco Europeu de Investimentos.

Apresentado este PNR, o cenário não é nada favorável à deriva de “otimismo excessivo” de António Costa. O Primeiro-ministro tenta condicionar – no cenário nacional – os partidos à sua esquerda referindo que se tiver que alterar a sua política é por imposição da UE.

Por outro lado, joga no cenário europeu, referindo a necessidade de ir satisfazendo uma esquerda demasiado reivindicativa para manter a estabilidade governativa em Portugal, tentando assim garantir alguma flexibilidade das autoridades europeias.

Hábil a estratégia, dirão os discípulos de António Costa. Mas muito pouco prudente, dirão os mais esclarecidos.

Mas a verdadeira habilidade de António Costa está em conseguir afastar a discussão do Plano de Estabilidade. Nesse sim, teve de apresentar medidas concretas de impacto orçamental, tanto do lado da receita como do lado da despesa. A verdade dos números não deixa que possa ser branqueada a situação atual e o caminho a seguir.

A prioridade dada ao combate do défice, o corte na despesa, a redução do número de funcionários públicos, a manutenção da austeridade com a apresentação de medidas de consolidação, medidas de correção e medidas de poupança, obrigaram António Costa a revelar-se e isso pode ser fatal para tão hábil negociador.

Com a apresentação e discussão do Plano de Estabilidade, ficou clara a dependência do Governo do Tratado Orçamental. No entanto, nem isso abala a maioria que reprova desde sempre o Tratado e as suas regras. Para não voltarem a ver a direita no poder, PCP e BE fazem o que for preciso, inclusive abdicar dos seus valores e princípios.

Até ver, PCP e BE estão sob o efeito placebo, a dormir. Pelo menos, até ao próximo OE.


António Costa – que nem no debate do PNR e do Plano de Estabilidade do passado dia 27 apareceu – revela-se assim um “ilusionista”, tendo a “magia” suficiente para anular os partidos à sua esquerda. Agora, tal qual Houdini, só terá de “iludir” a Comissão Europeia.