segunda-feira, 27 de junho de 2016

Um facto curioso das eleições espanholas...


Nas eleições espanholas do passado domingo o "Podemos" e a "Esquerda Unida" coligaram-se, e perderam um milhão de votos.

As caras dizem tudo.

Sinais dos tempos? Claro que sim.



Entretanto, pela ibéria, continuamos a tentar constituir governos da mesma forma como nomeamos Câmaras Municipais

Se os resultados das eleições legislativas em Espanha e em Portugal nos demonstram alguma coisa é que a monarquia parlamentar e o semi-presidencialismo não funcionam.

Com a globalização, com a diversificação de forças políticas e com o fim do bipartidarismo, a formação de governos como ocorre em Portugal e em Espanha é tudo menos funcional, são sistemas que representam cada vez menos a vontade popular. 

Esta forma de eleger governos está feita para funcionar apenas com maiorias absolutas, mas com a democratização da comunicação, com a globalização da informação, será cada vez mais difícil obter maiorias absolutas.

Quantas eleições vão ter de haver em Espanha para haver uma maioria absoluta?

Está na altura de universalizar o voto, está na altura de reformar a forma como elegemos quem nos governa, de eleger quem nos representa.

Até agora, a forma mais eficiente de formar um governo acontece no presidencialismo. É olhar para o caso francês. Vários partidos vão a eleições, se não houver uma vitória por mais de 50% à primeira, há uma segunda volta com os dois partidos mais votados onde é eleito um presidente da república que nomeia o Primeiro Ministro e o governo. Simples, democrático e eficaz.

Entretanto, pela ibéria, continuamos a tentar constituir governos da mesma forma como nomeamos Câmaras Municipais.






sexta-feira, 24 de junho de 2016

O novo Paradigma de Liderança



Os sistemas de Governo atuais têm a sua base nos interesses partidários, desvirtuando assim a génese da gestão da polis, defendida desde os tempos da antiga Grécia.

Hoje, o paradigma do líder politico assenta em bases que são definidas no seio dos próprios partidos politicos e nas ideias defendidas por um status quo, uma pequena oligarquia, que procura não mudar nada.

Existem vários fatores que têm vindo a provocar o afastamento dos cidadãos da participação política, entre os quais o facto de os líderes, nos últimos anos, desiludirem os seus eleitores.  

E isto tem levado cada vez maior número de pessoas a questionar os atuais líderes, a sua ação e o próprio futuro de Portugal.

Começa a ser óbvio que a necessidade de encontrar um novo paradigma de liderança é um imperativo nacional; esta deve ser, aliás, uma discussão e um debate centrado na verdadeira necessidade de Portugal enquanto País periférico e dependente no quadro da União Europeia.

Portugal necessita de se libertar de amarras e consolidar uma soberania e independência assente em três ideias chave: Justiça, Trabalho e Generosidade. O crescimento económico e um ajustamento, decerto doloroso, são uma necessidade e um ponto de partida, mas não devem, nem podem, ser a receita por si só. Não podemos deixar de considerar que sem uma justiça célere e eficaz, sem criação de trabalho e sem Justiça social, nenhuma receita de gestão pode ser eficaz. 

A política faz-se para as pessoas e com as pessoas, e um qualquer líder que despreze esta verdade fracassará.

Isto leva-nos à chamada “pergunta de um milhão de Euros”. Que líder queremos para o futuro? Será aquele que faz as perguntas certas ou aquele que nos oferece as respostas certas? Será um coordenador ou um catalisador? Será o homem do leme ou o navegador que estabelece a direção? Um futuro líder deverá ser um mestre na arquitectura financeira, económica ou social? Será um político? Um tecnocrata? Um gestor e um empreendedor de sucesso? Alguém com total independência do status quo? Ou um pouco de tudo isto?

É hoje consensual que para ser um bom líder não basta ser um bom político. As sociedades mudaram com o decorrer dos tempos. A globalização é hoje uma realidade. Os mercados comandam e definem as circunstâncias. Os modelos de governação e os líderes têm de se adaptar aos novos tempos e têm de se renovar.

Os líderes de hoje têm a responsabilidade de criar o futuro e de formar os líderes de amanhã. Hoje é o tempo certo para resistir e encontrar novas soluções. É uma oportunidade que se nos apresenta de podermos mudar uma receita com cerca de 40 anos de vida.

A estratégia das lideranças tem tido como prioridade desenvolver técnicas de sobrevivência, em vez de dar prioridade ao desenvolvimento e ao sucesso do País. Os líderes (do presente e do futuro), que entenderem a diferença entre a sobrevivência política e o sucesso político, vão certamente adaptar-se às novas realidades, inovar, recriar os modelos de governação e as suas bases corretas de acordo com os seus eleitores. A ser assim, estes líderes não só sobreviverão, como terão o sucesso associado à eficaz gestão do País.

O líder que se precisa deve procurar o sucesso evitando a miopia que apenas vê a sobrevivência da sua liderança e do seu País e deve abraçar uma estratégia de longo prazo para a sustentabilidade que, assente na Justiça, Trabalho e Generosidade, possa alcançar o sucesso para Portugal.

Ninguém procura um D. Sebastião, mas sim um líder que seja motivador e que possa renovar a confiança dos portugueses, cada vez mais afastados. Procuramos “um de nós” que transmita confiança e esperança. Procuramos “um de nós”, em quem possamos depositar o futuro dos nossos filhos.

Muitos podem dizer que o que defendo neste artigo é uma utopia, mas exemplos como o de John F. Kennedy, Winston Churchill, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King, Abraham Lincoln e de Francisco Sá Carneiro provam que estas ideias estão próximas da realidade se assim o desejarmos.

As lideranças que defendem genuinamente as suas causas e que procuram o sucesso e bem-estar do seu povo, são as únicas capazes de mudar e de garantir que Portugal, ou qualquer outro País, tem Futuro.

fonte: Jornal OJE: http://www.oje.pt/novo-paradigma-lideranca/

O lado positivo da saída do reino Unido #Brexit #EstorilGlobal

Ao contrário do que parece ser a tendência da maioria, decidi olhar para o resultado do referendo britânico pelo lado positivo. 

Na realidade, esta relação entre a União Europeia e o Reino Unido era cansativa. Já pareciam aqueles casais que já dormem em quartos separados, mas que apenas continuam casados por causa dos miúdos. 

Se pensarmos bem, o Reino Unido nunca esteve 100% no projeto europeu. 

  • Rejeitou o sistema monetário europeu em 78. 
  • Em 1984 maribou-se para a solidariedade entre países e exigiu o retorno da diferença entre a sua contribuição para os fundos europeus e o que recebia em troca
  • Rejeitaram o fim das fronteiras com o acordo de Schengen em 1995.
  • Em 2002 rejeitou a moeda comum.
  • Em 2011 foi o único estado-membro  que se opôs ao reforço da disciplina fiscal para combater a crise económica.
  • E em 2012 recusou o Tratado de Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária. 
Em suma.  O Reino Unido nunca quis um projeto europeu. Com o Reino Unido nunca poderia existir um projeto europeu.



Olhando para o lado positivo dos resultados do referendo, pelo menos as águas ficaram clarificadas. E se no futuro vier a existir nova intenção de reconciliação, certamente que já não haverá espaço para as birras a que habituaram a Europa.


E aqui entra outro ponto positivo. Com as votações na Escócia, na Irlanda do Norte e em Londres, com a divisão entre as gerações mais novas que os mais velhas (lê mais aqui), é fácil pensar que poderá ser reacendida a chama da contestação à monarquia e que se venha a tornar efetiva a independência da Escócia.

Em 2014 escrevi neste blogue (abre post aqui) as razões que fazem das monarquias sistemas injustos. Mas, ao tentar sobreviver politicamente, David Cameron pode mesmo ter garantido um lugar na história, o de Oliver Cromwell 2.0, 350 anos depois da Inglaterra ter sido uma República. David Cameron pode ter desencadeado o processo de implosão do Reino Unido tal como o conhecemos. 

E até pode ser que a Escócia decida aderir à UE.

O fim de uma monarquia e o início de uma República é sempre um acontecimento democrático positivo.

Resta saber se a União Europeia vai olhar de frente para o que aconteceu, tomar as decisões que tem de tomar e conseguir garantir que o projeto Europeu sai fortalecido deste processo.







Fui só eu que se lembrou do Chamberlain ao ouvir ontem o Nigek Farage? #Brexit #EstorilGlobal



O discurso do Nigel Farage onde efusivamente festejava a saída do Reino Unido da UE, fez lembra o Chamberlain em 1938, que acreditou ter garantido a "paz dos nossos tempos" ao assinar o acordo de Munique, dando aos nazis o controlo da Checoslováquia.





quinta-feira, 23 de junho de 2016

A chegar ao debate sobre o #brexit na #estorilconf

BREMAIN #EstorilConf

O populismo associado ao nacionalismo bacoco é uma formula que resulta. E a história demonstrou-o várias vezes, aliás foi uma formula que o Goebles implementou muito bem na Alemanha na primeira metade do século XX.

Seja qual for o resultado do referendo de hoje no Reino Unido, será um mau momento para a Europa. Resta saber se pode ser transformado numa oportunidade para aprofundar a relação com o Reino unido, caso a permanência ganhe. Ou se este será o momento zero do fim do sonho europeu, caso o Reino Unido saia.

Para os indecisos fica aqui um link onde podem tirar algumas dúvidas (Remain



Vamos jogar à adivinha


Vamos jogar. Adivinhe o significado da presente imagem:

Três foi a conta que deu fez?

Três eram os porquinhos da fábula? Ou;

Três vezes a Bancarrota chegou a Portugal pela mão do PS?

Posto isto, agora venha a Croácia!
 

terça-feira, 21 de junho de 2016

palmas ao Colégio Militar!


"não há situações discriminatórias motivadas por questões raciais, religiosas, sexuais, com
base na orientação sexual ou por outros fatores".
Assim conclui a última inspeção, realizada em maio passado e agora divulgada, a esta mui nobre Instituição Militar, fundada em 1803 pelo Marechal António Teixeira Rebelo.

Brexit ou Bremain?

Esta quinta-feira vamos estar com o Estoril Institute for Global Dialogue a acompanhar em direto os resultados do referendo sobre o destino do Reino Unido na União Europeia. Esta é a primeira iniciativa com a chancela Conferências do Estoril intitulada “Diálogos das Conferências do Estoril”. 

Este evento, de acesso livre, terá início às 21h do dia 23 de Junho, no Auditório Maria Jesus Barroso da Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais e contará com a presença de António Perez Metelo, Jorge Braga de Macedo, João Carlos Espada, Pedro Magalhães e Alexandra Abreu Loureiro no painel de intervenientes.



sexta-feira, 17 de junho de 2016

11 de Julho, Conselho de Estado


Marcelo não perde tempo: "Situação politica e económica, europeia e internacional", na agenda do Presidente!

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Choque...



Choque...
A Deputada Trabalhista baleada, fazia campanha pela permanência do Reino Unido na UE.
Jo Cox tinha 41 anos e era Mãe de 2 filhos.
Quando o pluralismo e a liberdade de expressão são postos em causa desta forma é um sinal de grande preocupação para a sociedade em geral.


R.I.P. Jo Cox


sexta-feira, 3 de junho de 2016

A esquerda anda esquizofrénica


Fico perplexo quando as agendas políticas numa matéria como esta não merecem o mesmo cuidado que outras matérias como, mudança de sexo, procriação medicamente assistida, casamentos gays, adoção entre casais do mesmo sexo, etc. A esquerda anda esquizofrénica e a precisar de tratamento urgente para bem do país!
 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Marcelo e o obrigado a Merkel!


afinal a "geringonça" do governo de  Costa não está assim tão  longe da coligação PSD/CDS! É pelo menos o que o Presidente de Portugal declara ao Die Welt.