quarta-feira, 29 de junho de 2016
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Um facto curioso das eleições espanholas...
Nas eleições espanholas do passado domingo o "Podemos" e a "Esquerda Unida" coligaram-se, e perderam um milhão de votos.
As caras dizem tudo.
Sinais dos tempos? Claro que sim.
Entretanto, pela ibéria, continuamos a tentar constituir governos da mesma forma como nomeamos Câmaras Municipais
Se os resultados das eleições legislativas em Espanha e em Portugal nos demonstram alguma coisa é que a monarquia parlamentar e o semi-presidencialismo não funcionam.
Com a globalização, com a diversificação de forças políticas e com o fim do bipartidarismo, a formação de governos como ocorre em Portugal e em Espanha é tudo menos funcional, são sistemas que representam cada vez menos a vontade popular.
Esta forma de eleger governos está feita para funcionar apenas com maiorias absolutas, mas com a democratização da comunicação, com a globalização da informação, será cada vez mais difícil obter maiorias absolutas.
Quantas eleições vão ter de haver em Espanha para haver uma maioria absoluta?
Está na altura de universalizar o voto, está na altura de reformar a forma como elegemos quem nos governa, de eleger quem nos representa.
Até agora, a forma mais eficiente de formar um governo acontece no presidencialismo. É olhar para o caso francês. Vários partidos vão a eleições, se não houver uma vitória por mais de 50% à primeira, há uma segunda volta com os dois partidos mais votados onde é eleito um presidente da república que nomeia o Primeiro Ministro e o governo. Simples, democrático e eficaz.
Entretanto, pela ibéria, continuamos a tentar constituir governos da mesma forma como nomeamos Câmaras Municipais.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
O novo Paradigma de Liderança
Os sistemas de Governo atuais têm
a sua base nos interesses partidários, desvirtuando assim a génese da gestão da
polis, defendida desde os tempos da
antiga Grécia.
Hoje, o paradigma do líder
politico assenta em bases que são definidas no seio dos próprios partidos
politicos e nas ideias defendidas por um status
quo, uma pequena oligarquia, que procura não mudar nada.
Existem vários fatores que têm
vindo a provocar o afastamento dos cidadãos da participação política, entre os
quais o facto de os líderes, nos últimos anos, desiludirem os seus eleitores.
E isto tem levado cada vez maior número de
pessoas a questionar os atuais líderes, a sua ação e o próprio futuro de
Portugal.
Começa a ser óbvio que a
necessidade de encontrar um novo paradigma de liderança é um imperativo
nacional; esta deve ser, aliás, uma discussão e um debate centrado na
verdadeira necessidade de Portugal enquanto País periférico e dependente no
quadro da União Europeia.
Portugal necessita de se libertar
de amarras e consolidar uma soberania e independência assente em três ideias
chave: Justiça, Trabalho e Generosidade. O crescimento económico e um
ajustamento, decerto doloroso, são uma necessidade e um ponto de partida, mas
não devem, nem podem, ser a receita por si só. Não podemos deixar de considerar
que sem uma justiça célere e eficaz, sem criação de trabalho e sem Justiça
social, nenhuma receita de gestão pode ser eficaz.
A política faz-se para as
pessoas e com as pessoas, e um qualquer líder que despreze esta verdade
fracassará.
Isto leva-nos à chamada “pergunta
de um milhão de Euros”. Que líder queremos para o futuro? Será aquele que faz
as perguntas certas ou aquele que nos oferece as respostas certas? Será um
coordenador ou um catalisador? Será o homem do leme ou o navegador que
estabelece a direção? Um futuro líder deverá ser um mestre na arquitectura
financeira, económica ou social? Será um político? Um tecnocrata? Um gestor e
um empreendedor de sucesso? Alguém com total independência do status quo? Ou um pouco de tudo isto?
É hoje consensual que para ser um
bom líder não basta ser um bom político. As sociedades mudaram com o decorrer
dos tempos. A globalização é hoje uma realidade. Os mercados comandam e definem
as circunstâncias. Os modelos de governação e os líderes têm de se adaptar aos
novos tempos e têm de se renovar.
Os líderes de hoje têm a responsabilidade
de criar o futuro e de formar os líderes de amanhã. Hoje é o tempo certo para
resistir e encontrar novas soluções. É uma oportunidade que se nos apresenta de
podermos mudar uma receita com cerca de 40 anos de vida.
A estratégia das lideranças tem tido
como prioridade desenvolver técnicas de sobrevivência, em vez de dar prioridade
ao desenvolvimento e ao sucesso do País. Os líderes (do presente e do futuro),
que entenderem a diferença entre a sobrevivência política e o sucesso político,
vão certamente adaptar-se às novas realidades, inovar, recriar os modelos de
governação e as suas bases corretas de acordo com os seus eleitores. A ser
assim, estes líderes não só sobreviverão, como terão o sucesso associado à
eficaz gestão do País.
O líder que se precisa deve
procurar o sucesso evitando a miopia que apenas vê a sobrevivência da sua
liderança e do seu País e deve abraçar uma estratégia de longo prazo para a
sustentabilidade que, assente na Justiça, Trabalho e Generosidade, possa
alcançar o sucesso para Portugal.
Ninguém procura um D. Sebastião, mas
sim um líder que seja motivador e que possa renovar a confiança dos
portugueses, cada vez mais afastados. Procuramos “um de nós” que transmita
confiança e esperança. Procuramos “um de nós”, em quem possamos depositar o
futuro dos nossos filhos.
Muitos podem dizer que o que
defendo neste artigo é uma utopia, mas exemplos como o de John F. Kennedy, Winston
Churchill, Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King, Abraham Lincoln
e de Francisco Sá Carneiro provam que estas ideias estão próximas da realidade
se assim o desejarmos.
As lideranças que defendem
genuinamente as suas causas e que procuram o sucesso e bem-estar do seu povo,
são as únicas capazes de mudar e de garantir que Portugal, ou qualquer outro
País, tem Futuro.
fonte: Jornal OJE: http://www.oje.pt/novo-paradigma-lideranca/
Publicada por
Rodrigo Gonçalves
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18:36:00
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O lado positivo da saída do reino Unido #Brexit #EstorilGlobal
Ao contrário do que parece ser a tendência da maioria, decidi olhar para o resultado do referendo britânico pelo lado positivo.
Na realidade, esta relação entre a União Europeia e o Reino Unido era cansativa. Já pareciam aqueles casais que já dormem em quartos separados, mas que apenas continuam casados por causa dos miúdos.
Se pensarmos bem, o Reino Unido nunca esteve 100% no projeto europeu.
Olhando para o lado positivo dos resultados do referendo, pelo menos as águas ficaram clarificadas. E se no futuro vier a existir nova intenção de reconciliação, certamente que já não haverá espaço para as birras a que habituaram a Europa.
E aqui entra outro ponto positivo. Com as votações na Escócia, na Irlanda do Norte e em Londres, com a divisão entre as gerações mais novas que os mais velhas (lê mais aqui), é fácil pensar que poderá ser reacendida a chama da contestação à monarquia e que se venha a tornar efetiva a independência da Escócia.
Em 2014 escrevi neste blogue (abre post aqui) as razões que fazem das monarquias sistemas injustos. Mas, ao tentar sobreviver politicamente, David Cameron pode mesmo ter garantido um lugar na história, o de Oliver Cromwell 2.0, 350 anos depois da Inglaterra ter sido uma República. David Cameron pode ter desencadeado o processo de implosão do Reino Unido tal como o conhecemos.
E até pode ser que a Escócia decida aderir à UE.
O fim de uma monarquia e o início de uma República é sempre um acontecimento democrático positivo.
Resta saber se a União Europeia vai olhar de frente para o que aconteceu, tomar as decisões que tem de tomar e conseguir garantir que o projeto Europeu sai fortalecido deste processo.
Na realidade, esta relação entre a União Europeia e o Reino Unido era cansativa. Já pareciam aqueles casais que já dormem em quartos separados, mas que apenas continuam casados por causa dos miúdos.
Se pensarmos bem, o Reino Unido nunca esteve 100% no projeto europeu.
- Rejeitou o sistema monetário europeu em 78.
- Em 1984 maribou-se para a solidariedade entre países e exigiu o retorno da diferença entre a sua contribuição para os fundos europeus e o que recebia em troca
- Rejeitaram o fim das fronteiras com o acordo de Schengen em 1995.
- Em 2002 rejeitou a moeda comum.
- Em 2011 foi o único estado-membro que se opôs ao reforço da disciplina fiscal para combater a crise económica.
- E em 2012 recusou o Tratado de Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária.
Olhando para o lado positivo dos resultados do referendo, pelo menos as águas ficaram clarificadas. E se no futuro vier a existir nova intenção de reconciliação, certamente que já não haverá espaço para as birras a que habituaram a Europa.
Em 2014 escrevi neste blogue (abre post aqui) as razões que fazem das monarquias sistemas injustos. Mas, ao tentar sobreviver politicamente, David Cameron pode mesmo ter garantido um lugar na história, o de Oliver Cromwell 2.0, 350 anos depois da Inglaterra ter sido uma República. David Cameron pode ter desencadeado o processo de implosão do Reino Unido tal como o conhecemos.
E até pode ser que a Escócia decida aderir à UE.
O fim de uma monarquia e o início de uma República é sempre um acontecimento democrático positivo.
Resta saber se a União Europeia vai olhar de frente para o que aconteceu, tomar as decisões que tem de tomar e conseguir garantir que o projeto Europeu sai fortalecido deste processo.
Fui só eu que se lembrou do Chamberlain ao ouvir ontem o Nigek Farage? #Brexit #EstorilGlobal
O discurso do Nigel Farage onde efusivamente festejava a saída do Reino Unido da UE, fez lembra o Chamberlain em 1938, que acreditou ter garantido a "paz dos nossos tempos" ao assinar o acordo de Munique, dando aos nazis o controlo da Checoslováquia.
quinta-feira, 23 de junho de 2016
BREMAIN #EstorilConf
O populismo associado ao nacionalismo bacoco é uma formula que resulta. E a história demonstrou-o várias vezes, aliás foi uma formula que o Goebles implementou muito bem na Alemanha na primeira metade do século XX.
Seja qual for o resultado do referendo de hoje no Reino Unido, será um mau momento para a Europa. Resta saber se pode ser transformado numa oportunidade para aprofundar a relação com o Reino unido, caso a permanência ganhe. Ou se este será o momento zero do fim do sonho europeu, caso o Reino Unido saia.
Para os indecisos fica aqui um link onde podem tirar algumas dúvidas (Remain)
Vamos jogar à adivinha
Vamos jogar.
Adivinhe o significado da presente imagem:
Três foi a
conta que deu fez?
Três eram os
porquinhos da fábula? Ou;
Três vezes a
Bancarrota chegou a Portugal pela mão do PS?
Posto isto,
agora venha a Croácia!
quarta-feira, 22 de junho de 2016
terça-feira, 21 de junho de 2016
palmas ao Colégio Militar!
"não há situações discriminatórias motivadas por questões raciais, religiosas, sexuais, com
base na orientação sexual ou por outros fatores".
Assim conclui a última inspeção, realizada em maio passado e agora divulgada, a esta mui nobre Instituição Militar, fundada em 1803 pelo Marechal António Teixeira Rebelo.
Brexit ou Bremain?
Esta quinta-feira vamos estar com o Estoril Institute for Global Dialogue a acompanhar em direto os resultados do referendo sobre o destino do Reino Unido na União Europeia. Esta é a primeira iniciativa com a chancela Conferências do Estoril intitulada “Diálogos das Conferências do Estoril”.
Este evento, de acesso livre, terá início às 21h do dia 23 de Junho, no Auditório Maria Jesus Barroso da Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais e contará com a presença de António Perez Metelo, Jorge Braga de Macedo, João Carlos Espada, Pedro Magalhães e Alexandra Abreu Loureiro no painel de intervenientes.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
11 de Julho, Conselho de Estado
Marcelo não perde tempo: "Situação politica e económica, europeia e internacional", na agenda do Presidente!
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Choque...
Choque...
A Deputada Trabalhista baleada, fazia campanha pela permanência do Reino Unido na UE.
Jo Cox tinha 41 anos e era Mãe de 2 filhos.
Jo Cox tinha 41 anos e era Mãe de 2 filhos.
Quando o pluralismo e a liberdade de expressão são postos em causa desta forma é um sinal de grande preocupação para a sociedade em geral.
R.I.P. Jo Cox
sexta-feira, 3 de junho de 2016
A esquerda anda esquizofrénica
Fico perplexo quando as agendas políticas numa matéria como
esta não merecem o mesmo cuidado que outras matérias como, mudança de sexo,
procriação medicamente assistida, casamentos gays, adoção entre casais do mesmo
sexo, etc. A esquerda anda esquizofrénica e a precisar de tratamento urgente
para bem do país!
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Marcelo e o obrigado a Merkel!
afinal a "geringonça" do governo de Costa não está assim tão longe da coligação PSD/CDS! É pelo menos o que o Presidente de Portugal declara ao Die Welt.
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