segunda-feira, 29 de setembro de 2014

#CDS #PS Nos partidos políticos é muito difícil afirmar princípios contra a corrente



1 ano depois das eleições autárquicas, o CDS Oeiras continua a sofrer as consequências da crise que viveu durante esse processo de escolha dos candidatos. A deputada municipal em Oeiras, Isabel Sande e Castro, foi suspensa a 29 de Agosto por seis anos pelo conselho de jurisdição do CDS-PP.

Não sou propriamente um admirador da conduta política da Isabel Sande e Castro, nomeadamente pela forma como geriu o posicionamento político do CDS em Oeiras durante anos.
Mas neste caso teve toda a razão em não compactuar com a redução do CDS Oeiras a um partido "barriga de aluguer", que se deixou seduzir pelo oportunismo político de recuperar um apelido sonante.

Paulo Freitas do Amaral que em 2009 venceu uma junta de freguesia pelo PS, rapidamente deu criou problemas nessa mesma junta, e acabou por perder a confiança política do PS. Criou assim um Movimento Independente (MOV), espalhou propaganda anti-partidária, apresentou candidatos desse movimento aos oeirenses,tentando sem sucesso disputar o eleitorado descontente aos partidos de esquerda, com o objectivo de ser eleito vereador nas autárquicas de 2013. O iminente fracasso eleitoral do MOV precipitou a decisão ingressar nas listas do CDS contra a vontade dos seus apoiantes, provocando a extinção do mesmo movimento, e acabando por abandoná-los à sua sorte.

UFF! Custou a ler não foi? Acreditem que foi muito mais penoso assistir a este espectáculo no meu Concelho.

O trajecto político do  primo irmão de Diogo Freitas do Amaral tem sido tudo menos enfadonho.
PFA inaugurou em Oeiras um modelo de afirmação política que canibaliza os partidos com quem se envolve, servindo-se das sua marcas e do seu eleitorado tradicional para ganhar protagonismo, pulverizando as estruturas locais. Espero que não inspire outros a irem na mesma conversa, em futuros processos autárquicos....



O PS teve uma estrutura capaz de resistir a este tipo de estratégias, já o CDS não teve a mesma sorte.
O CDS nunca teve implantação em Oeiras, foi sempre um partido residual, e Isabel Sande e Castro também tem responsabilidades nessa matéria. Mas quando o aparelho central do CDS decidiu "sacrificar" o CDS Oeiras, para permitir uma efémera reaproximação com o fundador que Paulo Portas mandou retirar das paredes do Caldas, foi a gota de água para Isabel Sande e Castro.

Isabel Sande e Castro liderou um grupo de 11 centristas que se retiraram das listas por não concordarem com a candidatura de PFA. E fez bem, porque na política não pode valer tudo, embora a ex-líder do CDS Oeiras só tenha descoberto esta forma de estar quando foi confrontada com um projecto que a remetia para o "vazio político". Pagou agora o preço de lutar contra a corrente, quando desperdiçou diversas oportunidade de afirmação de um verdadeiro projecto político centrista



segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Depois da Praia do Torel o #Costa decide meter água no concelho todo




Depois do presidente da Junta de Santo António (Vasco Morgado) ter criado a praia do Torel (lê mais aqui), o António Costa decidiu alargar o conceito a todo o concelho (Lê mais aqui).



Mau tempo em Alcântara (fotos cedidas pelo leitor Tiago Ferreira)
(Foto retirada daqui)


quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Se há uma conclusão óbvia do que se passa na Escócia e na Catalunha é que o tempo dos reis e das rainhas acabou...


Já tive a oportunidade de comentar esta coisa da Monarquia e da República aqui e aqui

Aliás para os mais acérrimos defensores do direito hereditário a poderes do Estado, comentei ainda aqui...

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Vai p’raí alguma comoção, sobretudo no meio académico, a propósito da nomeação de Carlos Moedas para Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação. Alegam alguns investigadores e professores que o facto de não lhe serem reconhecidas credenciais na área científica (o que quer que isso signifique) lhe retira legitimidade para o exercício destas funções.
Esta posição, para além de revelar alguma arrogância intelectual e despeito ab initio (exemplificativos do regime endogâmico e paroquial que se vive há muitos anos na academia portuguesa), pode virar-se contra estes mesmos “representantes do meio académico”. Virando o tabuleiro ao contrário, poderemos então dizer que um académico, que nunca tenha feito outra coisa na vida que não investigar ou dar aulas, não serve para desempenhar qualquer outro tipo de funções. Adriano Moreira nunca teria saído da universidade, Sampaio da Nóvoa nunca se poderá candidatar a Presidente da República, e por aí adiante.
Em suma, e seguindo esta linha de raciocínio, nunca um académico poderia sair da academia para exercer outras funções, nem um não académico poderia entrar na dita para partilhar o seu conhecimento eventualmente mais empírico. Teríamos portanto a academia como um universo autónomo e estanque a que só uns quantos eleitos (ou cooptados?) poderiam aceder.
Quer-me parecer que este raciocínio viola desde logo um dos princípios basilares que devem nortear a postura da verdadeira Academia (assim mesmo, com maiúscula): a democraticidade do Conhecimento e, corolariamente, a diversidade das suas fontes.
Por outro lado, achar que para o desempenho de um cargo como este é imprescindível a experiência na área da investigação científica parece-me um verdadeiro erro de palmatória e revelador de alguma ignorância acerca do mundo real. Para um cargo de gestão de topo, como este, é antes de tudo fundamental a detenção de vastas competências de gestão e experiência política, coisa que no caso vertente até nem me parece que falte.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Faltam espelhos no Rato?

 
António Galamba e Carlos Zorrinho, certamente por terem pouco que fazer, lembraram-se hoje de debitar alguns juízos menos próprios de alguém com responsabilidades acerca da nomeação de Carlos Moedas como ComissárioEuropeu para as áreas da Investigação, Ciência e Inovação.
Pegando na expressão do próprio atrever-me-ia a dizer que “ridícula” foi a sova que Galamba acabou de levar em Lisboa e recomendaria algum recato ao produtor de pérolas deste calibre (brilhantemente dissecada aqui).
Até se compreenderia se fosse Maria João Rodrigues a destilar este tipo de ressabiamento, até porque já o fez, mas não é o caso.
Felizmente há, ainda, nas hostes socialistas gente de bom senso.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Já não sei o que é pior…

#proezashumanas Nada melhor para estrear a nova feature do #facebook

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

#paulobento Problemas de percepção

Alguém devia explicar que foi a Alemanha que ganhou o Mundial, e não a Albânia. É que depois das desculpas do selecionador e dos jogadores sobre o desempenho da equipa, até parecia que tinham jogado com a com uma equipa de topo...

Alguém sabe quem é que o #Costa nomeou no seu #Icebucketchallange deste fim de semana? #Seguro #PS #Melão

Não sei quem teve a vitória mais esmagadora, se o Seguro nas Europeias, se o Costa em número de Federações nas eleições internas do PS... 

(Lê mais aqui)

Então o Costa não ia esmagar?... Ganha 10 das 19 Federações, ou seja, por uma. E perde em número de votos e de delegados... Outra vitória esmagadora para o PS...

sábado, 6 de setembro de 2014

#ThinkAgainTurnAway #estadoislamico #isis #Siria #Iraque #Foley #Sotloff

Os Estados Unidos lançaram a campanha "Think Again Turn Away" para dissuadir quem pensa aderir aos apelos dos jihadistas e combater pela instituição do "Estado Islâmico". 

Já tive oportunidade comentar este flagelo (Lê mais aqui).

Fica o vídeo 




Fica também a foto do britânico "Abdel Bary" que os serviços secretos terão identificado como o executor dos Jornalistas James Foley e de Steve Sotloff... (Lê mais aqui)



Quem o viu e quem o vê:



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

#BES Crónica de um verbo de encher


"Os administradores não executivos são verdadeiros verbos de encher."

Quando li hoje a entrevista de Nuno Godinho de Matos, fiquei genuinamente revoltado e triste.

O que me 
entristece é a facilidade com que o sistema autocrático de poder em Portugal premeia a obediência cega e a bajulação dos seus lacaios. O BES não é diferente de outros círculos de poder, é um produto refinado de uma sociedade chico-espertista e trituradora do espírito crítico. 
Nuno Godinho de Matos não é mais do que um produto de um país onde se cresce procurando o próximo poder a quem servir.

O que me revolta é que durante anos este senhor viveu de consciência tranquila à sombra do poder, carregou malas e validou todo o tipo de patifarias.
E agora vem dar entrevistas...
Estou-me nas tintas para as revelações escandalosas do Nuno Godinho de Matos, que participou durante anos nesta grande festa do BES, como se percebe pela entrevista.
Pior, a impressão com que fico é que estas "revelações" servem apenas para chamar a atenção para a entrevista, quando a verdadeira mensagem é um ataque em toda a linha ao Banco de Portugal.
O maior escândalo desta entrevista é a lata do próprio entrevistado, que só faltava falar na terceira pessoa, como se não tivesse nada a haver com o assunto.
Será pedir muito a este senhor e restante quadrilha que poupem os portugueses a mais esquemas e conspirações? Não enriqueceram já o suficiente?


Tudo isto só acontece em Portugal porque o pilar mais importante de uma sociedade livre, a Justiça, é precisamente aquele que parece estar mais infiltrado, mais subvertido pelo poder.


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Os 5 melhores momentos de #Shikabala no #Sporting

Nunca pensei passar um video do Sporting.




A ameaça do EI à Rússia traz à memória o monumental erro estratégico cometido por Hitler na II Guerra Mundial. Abrir uma frente de combate a Leste, quando a Alemanha já se encontrava empenhada num considerável esforço de guerra no Ocidente, ditou o início da derrocada do regime nazi.
Esperemos que nos dias de hoje o Ocidente e a Rússia consigam aproveitar a ocasião para debelarem o espectro de um confronto e possam dar ao EI o mesmo fim que deram a Hitler.

Incompreensível

O Estado Islâmico fatura mais de dois milhões de euros por dia (Lê mais aqui), fruto de extorsão, da venda de petróleo e de resgates... Por outro lado a Al-Quaeda, estima-se, ter precisado de dois milhões de Euros para atacar o World Trade Center... 

Só fazendo esta conta podemos compreender como é que o Estado Islâmico acredita conseguir conquistar Portugal e Espanha em 5 anos (Lê mais aqui)


Esta luta até podia estar mascarada por uma questão de defesa da liberdade, ou por uma questão de autodeterminação de um povo, com uma cultura, uma língua, ou tradições diferentes. 

Mas não, trata-se mesmo de uma cruzada religiosa, da instauração de um Estado Islâmico que agregue o ramo islâmico sunita presente no Iraque e na Síria e que limpe os infiéis dos territórios marcados a negro.  

Por exemplo, os Curdos (lê mais aqui) que são efetivamente um povo, apesar de sunita não apoiam as pretensões do Estado Islâmico.


Mas a hipocrisia piora quando se ouve da boca do assassino de James Foley e de Steve Sotloff que os Estados Unidos são os opressores, quando tudo o que se sabe deste movimento terrorista são os seus atos de opressão, como o que estão a fazer aos cristãos no Iraque (Lê mais aqui, atenção que são imagens chocantes), ou aos seus presos de guerra (lê mais aqui).

Este tipo de discurso da pureza religiosa não é original, por cá também já se ouviu isso... Em 1517...
"Ó cavaleiros de Deos; A vós estou esperando,Que morrestes pelejando; Por Cristo, Sennor dos Ceos.; Sois livres de todo o mal; Santos por certo sem falha, Que quem morre em tal batalha; Merece paz eternal" Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente,
Apesar do desfasamento temporal de 500 anos que poderia indiciar um fenómeno gerado pela miséria, pela falta de educação, não explica as centenas de europeus, educados na Europa, que cometem as maiores atrocidades em nome deste Estado Islâmico (o principal suspeito do assassinato dos dois jornalistas é britânico - lê mais aqui). 
Entre os quais também há cidadãos portugueses (Lê mais aqui)

Também não explica os posts em alguns blogues portugueses que estão mais preocupados em criticar Israel e os Estados Unidos do que em distanciarem-se deste Estado Islâmico. Preferem tentar demonstrar que a culpa é do papão israelita do que assumir que o Estado Islâmico tem de ser travado.

Às vezes até parece que não acham tão interessante a política expansionista e opressiva do Estado Islâmico. Estão tão concentrados na guerra contra os Estados Unidos e Israel que já não acham assim tão estranho que haja quem preveja conquistar o seu país e impor a Sharia, acabando com a liberdade que lhes permite escrever o que querem.

Não pretendo defender a estratégia Norte Americana no Médio Oriente, mas se há coisa que o Estado Islâmico consegue com esta atitude é legitimar essa mesma política que tanto criticam.

Não há religião ou ideologia que se sobreponha ao direito à vida e à liberdade. E a única coisa que os militantes do Estado Islâmico conseguem demonstrar é que não têm qualquer respeito pela vida humana.











terça-feira, 2 de setembro de 2014

Parece que ligaram as ventoinhas no Largo do Rato.

 
A troca de acusações não dá ares de amainar e ninguém sai incólume no meio da confusão, chovendo os ataques ad hominem. E ainda faltam 25 dias.
Tragam as pipocas!

 
Os tentáculos do fundamentalismo chegam a todo o lado.Inevitavelmente o extremismo acabou por convencer alguns portugueses (oulusodescendentes) a juntarem-se à “causa”. Mais uma ameaça à Segurança Nacional (a juntar-se a um já considerável leque) que torna cada vez mais premente a reforma (ou adequação) do Sistema de Segurança Interna e do Sistema de Informações da República Portuguesa.
Não vale a pena continuar a enterrar a cabeça na areia e fugir à discussão de matérias como a possibilidade de intercepção de comunicações pelos Serviços de Informações ou a colaboração activa das Forças Armadas em matérias de Segurança Interna.