Está dado o mote de partida para a liderança do PSD. Após a
mais que anunciada candidatura de Rui Rio, surge a possível, e muito provável,
candidatura de Pedro Santana Lopes. Não deixa de ser salutar a disputa pela
liderança interna no PSD. O que me parece menos salutar (com o respeito que
todos os militantes merecem, novos ou velhos), é que as candidaturas até ao
momento conhecidas passem por velhas figuras do partido. Isto num partido que
precisa de se rejuvenescer, de reorientar o seu discurso pelas causas e valores
que estiveram na sua fundação, definir uma nova estratégia de colocação da sua
matriz no centro direita, e de um programa com um conteúdo programático inovador,
com ideias e politicas que possam devolver esperança às pessoas. Não esqueçamos
que o PSD enquanto esteve no Governo nos últimos anos, decorrente da difícil situação
económico-financeira que vivíamos, viu-se forçado a retirar essa esperança às
pessoas. Pena é que não lhe tivesse sido dada a oportunidade de a devolver por
um embuste chamado acordo parlamentar que hoje vigora entre as esquerdas e que
lhes permitem Governar Geringonçamente o país. Mas voltando ao tema do momento,
é com algum desalento que assisto ao movimento interno das massas no PSD, sem
que daí resulte uma clara afirmação de uma nova geração repleta de valor, mas
ainda assim, relutante e calculista em dar a cara e o corpo às balas
assumindo-se como alternativa. O PSD necessita de sangue novo. Veja-se o quanto
se renovaram outros partidos da nossa democracia e o quanto cresceram nos últimos
anos em termos de eleitorado. Um sinal claro que os portugueses querem ver
novos e competentes rostos no panorama politico nacional. De Senadores e
Anciãos está o país farto. Mas na ausência de alternativas, há que louvar a
coragem daqueles que defendem a social democracia e levam o PPD-PSD no coração.