sexta-feira, 28 de julho de 2017

DEMOCRACIA HIGIÉNICA


O Portugal democrático, livre no pensamento, na liberdade de expressão, na tolerância, dos valores fundamentais, parece cada vez mais sucumbir aos braços desta democracia higiénica em que nos tentam colocar a cada dia. Somos reconduzidos aos tempos dos feudos medievais em que somente ao nobre lhe cabe a palavra e a livre manifestação! O sermos livres de emitir opinião apenas quando a mensagem dá jeito, revela a opacidade democrática em que vivemos. Os tempos parecem ser dos peroradores da moral e da razão como marca de exclusividade, a par dos defensores dos direitos, liberdades e garantias unicamente nos momentos de maior conveniência!
 

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Era só o que faltava o Presidente da República Portuguesa andar a comentar listas de falecidos com nomes repetidos, ou suicídios que não existiram.

Depois do que se passou durante a Presidência do Jorge Sampaio, que dissolveu a Assembleia da República e convocou as eleições que fizeram de José Sócrates Primeiro Ministro. Depois de um Presidente da República ter tirado o tapete a um Primeiro Ministro com maioria parlamentar (lê mais aqui), é no mínimo  infantil existirem claques dentro dos partidos de direita a criticar o atual Presidente da República por ser diferente de Jorge Sampaio. Depois do que aconteceu com Santana Lopes, ninguém deveria defender a parcialidade da mais alta figura do Estado.

Esta atitude de querermos eleger um do nosso clube, para cumprir uma missão para o nosso clube (e não para o país) é de uma irresponsabilidade atroz.

Era só o que faltava o Presidente da República Portuguesa andar a correr à pressa a comentar listas de mortos que afinal tinham nomes repetidos (lê mais aqui e aqui), ou suicídios que na realidade não existiram (lê mais aqui). 

Mas, sejamos sinceros, não devia o Presidente da República, nem ninguém com cargos de responsabilidade no Estado, lideres partidários incluídos. 



Isto tudo apenas para recordar que ser militante não é a mesma coisa que ser adepto.

Quando assinamos a ficha de militância de um partido é suposto estarmos conscientes que o fazemos porque nos identificamos com os seus princípios ideológicos, ou com as pessoas que o lideram.

Por outro lado, a adesão a sócio de um clube de futebol assenta em princípios diferentes. Assenta na cor da camisola, nas preferências dos nossos familiares e amigos, ou até na frequência com que aquela equipa ganhou enquanto éramos crianças.  - O que não quer dizer que para alguns as razões para a filiação sejam muito diferentes destas.
 
Ou seja, eu sei porque me filiei no PSD, mas sinceramente não faço a mínima ideia porque me tornei adepto do Benfica - (apesar de saber porque continuo - #CarregaBenfica). 

terça-feira, 25 de julho de 2017

TANCOS PAIOL DE CONTRADIÇÕES


Mas afinal o assunto de Tancos passou de material obsoleto, autentica sucata promovida a abate, para material furtado ativo e assunto classificado como grave??!!#estatudobem #naosepassanada

TEMPOS OBSCUROS E IMORAIS


Vivemos tempos obscuros e imorais. Chegamos ao extremo de gerir a morte como se ela fosse alguma vez gerida como uma imagem. Estamos no tempo das inaugurações do Estado de Ignorância; do Estado de Incerteza; do Estado de Incompetência e do Estado de Irresponsabilidade, em que o respeito pela vida e pela morte se tornaram algo desprezível. Encontrado o refugio do segredo de justiça, vivemos amordaçados com a verdade. Chegamos ao “ground zero” da desfaçatez. As palavras que proferem, essas parecem podres. E como se está a tornar insuportável o fedor das palavras. E o silêncio que paira sobre belém? Parece também ele refugiado em segredo de justiça.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

TENHAM VERGONHA!!


O PM António Costa desonra o país com a sua desonestidade intelectual e política ao afirmar que Pedro Passos Coelho caíra em desonra por não retirar o apoio ao candidato do PSD em Loures a propósito das suas declarações sobre a comunidade cigana. Colar o episódio ao líder da oposição numa tentativa de o mistificar de racista é simplesmente indecente. Basta ver com quem o líder do PSD é casado. Mas já não causa tanta indignação ao PM discursar no púlpito da campanha de uma candidata que noutros tempos de Ministra, exigia o despedimento a jornalistas algo convenientes!! Tenham vergonha!!
 

 

Não é preciso bater mais no “cigano”


Em Loures já basta a infelicidade das declarações, não é preciso bater mais no “cigano”, para mais de quem quis suspender a democracia em Portugal.

DA INCLUSÃO SOCIAL


Não vejo nenhum cigano nas listas Autárquicas!! Isso sim, é que seria verdadeira inclusão social!!
 

Com a confusão de outdoors em Oeiras, com os pesos pesados Isaltino, Vistas, Raposo e Heloísa Apolónia, parece-me uma forma eficaz de apresentar o candidato, o seu percurso de vida e a sua forma de estar na política. É diferenciador.


quarta-feira, 12 de julho de 2017

EFICÁCIA (?)

 



A eficácia da oposição reflecte-se na forma com consegue marcar a agenda e o debate político, garantindo aos portugueses que os temas mais importantes para as suas vidas são realmente discutidos.

Neste momento particular em que temos assuntos comno o roubo de Tancos, o SIRESP, os incêndios e as suas vitimas, Secretários de Estado que se demitem no âmbito do chamado GALPGATE, o PSD e Passos Coelho definem como prioridade debater o futebol???

Ora, não consigo perceber a eficácia de colocar como prioridade da agenda política a alteração do regime jurídico das federações desportivas e quem deve, ou não, elaborar os regulamentos de disciplina e arbitragem.

Não é, com certeza, a grande prioridade nacional. Enfim!

UMA QUESTÃO DE ABATE!!!

As armas roubadas em Tancos afinal não seriam perigosas porque estavam marcadas para abate!!! Resta saber para abaterem o quê!!!
 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

A RESPONSABILIDADE POLÍTICA À DISTÂNCIA DE UMA DETONAÇÃO

 
O que sucedeu em Tancos é uma séria ameaça à segurança nacional. Nada nos garante que por detrás desta situação não estejam grupos extremistas e terroristas envolvidos. As circunstâncias ainda estão por esclarecer, mas é extremamente difícil aceder e transportar a quantidade de material que foi roubado daquele local, sem que houvesse informação interna privilegiada disponível. Tratou-se indubitavelmente de um ato planeado só ao alcance de redes criminosas bem organizadas. Como tal, tratando-se de um ato de extrema gravidade deveria ter as correspondentes consequências políticas. Parece que as há mas apenas no discurso e na retórica, pois a mesma não se materializa em atos e condutas dos seus responsáveis. Até existe uma nova tipologia de responsabilidade que é a "responsabilidade quotidiana" ou lá o que isso significa. É que exonerar-se 5 comandantes de unidades não mais é que tapar o sol da responsabilidade política e governativa com a peneira. A responsabilidade política à distância de uma detonação.
 
 
 

domingo, 2 de julho de 2017

Aceitam-se apostas. Antes ou depois das legislativas?

Ontem decorreram as eleições para a distrital do PSD de Lisboa. Como era de esperar, o Pedro Pinto foi eleito presidente da Comissão Política. 

Do que conheço dele, acredito que será um bom presidente.

Mas até aqui, tudo bem, se a notícia principal de ontem tivesse sido esta.

Pelo que tenho lido, a notícia que mais se lê foi a da vitória do movimento Lisboa Sempre no concelho de Lisboa (lê mais aqui). O tal movimento que contesta a forma como Pedro Passos Coelho tem conduzido o processo autárquico. Neste caso, em particular, o veto dos seus opositores e as suas escolhas pessoais. 

Este aumento do peso eleitoral do movimento Lisboa Sempre, na maior concelhia do Distrito de Lisboa, tem sido lido como um sinal do que pode vir a acontecer no resto do país, pois a lista de delegados encabeçada por Nuno Morais Sarmento e apoiada por Rodrigo Gonçalves, obteve cerca de 60% dos votos, contra os apoiantes de Pedro Passos Coelho.

Mas, se o desconforto com o processo de escolhas de candidatos na capital do país não fosse suficiente, também a forma como estas eleições foram marcadas pode ter sido um dos motores para esta derrota de Pedro Passos Coelho. 

A escolha da data das eleições e a seleção das concelhias autorizadas a ir a votos, parece, também, ter indignado os militantes da capital do país. Pois, segundo dizem, estas escolhas tiveram mais a ver com o condicionamento das concelhias, antes da entrega das listas autárquicas, do que com a organização das eleições de outubro. 

Se a concelhia de Lisboa pediu a antecipação de eleições ainda em abril (lê mais aqui,ou aqui), porque é que apenas foram permitidas eleições para as concelhias de Cascais, Mafra, Odivelas, Amadora e Vila Franca de Xira?

Assim, não é de estranhar o facto da única lista apresentada para a comissão política distrital, (ligada a Pedro Passos Coelho), ter perdido, no concelho de Lisboa, para os votos brancos e nulos (que representaram 51% dos votos).  


Apesar do PSD de Lisboa ter assumido que irá cumprir a sua obrigação e apoiar a candidata escolhida por Pedro Passos Coelho, aos olhos das bases de Lisboa, fica a ideia que todo o processo autárquico foi pouco transparente e que provavelmente haverá consequenciais. 

Resta saber se antes ou depois da definição dos candidatos a deputados, pois ficou claro que no resto do país as criticas se vão manter nos bastidores...

(imagem retirada daqui)


Nisto o Passos é coerente...

No PSD pede-se a demissão da Ministra da Administração Interna (lê mais aqui).

Pelo menos nisto o Passos é coerente. Não interessa se é culpado, ou não, não interessa se é "dos seus" ou não, quando há bronca o assunto resolve-se com uma demissão. Já o Costa, por outro lado, parece que não tem o hábito de deixar assim cair os seus.