sábado, 26 de novembro de 2016

Sobre o desaparecimento do #Fidel e do #Salazar? A diferença foi que um era um ditador que falava espanhol, o outro era um ditador que falava português...


A Lisboa do "Marquês" Medina

Na Lisboa de Fernando Medina é hoje mais do que evidente que as obras em curso, por toda a cidade e até algumas já realizadas, revelam prejuízos enormes para a circulação viária e pedonal dos que aqui vivem, trabalham, estudam e também dos que a visitam.



Para que se perceba bem a dimensão do transtorno da política “obreira” de Fernando Medina devemos tomar nota de que em execução atual temos as seguintes dez obras:
Eixo central (Av. Da República, o Saldanha, a zona de Picoas e a Av. Fontes Pereira de Melo), Rossio de Palma (freguesia de São Domingos de Benfica), Rua de Campolide, Largo da Igreja de Santa Isabel, Largo da Memória, Largo de Santos, Largo da Graça, Campo das Cebolas, Cais do Sodré e Terminal dos Cruzeiros.

Mas o “terror” que Medina nos impõe ainda vai aumentar pois até ao final do ano, deverão arrancar mais quatro obras de dimensão relativa:
No Largo de Alcântara, Largo do Calvário/Fontainhas, Alameda Manuel Ricardo Espírito Santo (mais conhecido como zona do Fonte Nova), Alameda das Linhas de Torres e Estrada do Lumiar.

Mas para que acabe em verdadeira “catástrofe” para a vida da cidade de Lisboa alerto para o facto de estarem ainda sem data prevista, mas já programadas, dezanove obras que são as seguintes:
Bairro de Santa Clara, Praça Viscondessa dos Olivais, Rua Padre Américo, Largo da Igreja de Benfica, Rua da Centieira, Av. da Igreja, Av. de Roma, Sete-Rios, Rua Atriz Palmira Bastos, Largo do Leão, Praça do Chile, Alto de São João, Largo do Rato, Largo Boa Hora à Ajuda, Largo do Rio Seco, Rua de Belém, Praça da Alegria, Praça da Figueira e Largo Conde Barão.

Ou seja, teremos trinta e três obras a massacrar os lisboetas e os seus visitantes que serão o legado – até agora inexistente – de Fernando Medina. Aliás já o anterior Vereador de António Costa em Lisboa, Arq. Fernando Nunes da Silva, que tinha o pelouro da Mobilidade assume que se trata de uma estratégia puramente eleitoral e que prejudica a cidade.

Nunes da Silva refere que “Trata-se de incompetência técnica”. E reforça afirmando que “Foi uma decisão política que se sobrepôs aos pareceres dos técnicos.” O professor do Instituto Superior Técnico e especialista em mobilidade, vai mais longe afirmando que “Não havia qualquer necessidade. É contraproducente fazer em simultâneo estas obras.”

Este é o caos atual no entanto e depois de termos todos estes dados importa refletir sobre uma questão muito relevante e que parece não ocupar o tempo dos que se debruçam sobre o futuro de Lisboa: Depois do incómodo diário das obras quais serão os constrangimentos e limitações futuras causadas pelas mesmas obras?

Ora, pensando bem nesta questão façamos aqui um exercício que nos pode ajudar a definir estes constrangimentos e limitações.

Fica claro para quem passa, por exemplo, no Eixo central que haverá uma maior dificuldade de circulação por consequência de uma diminuição de largura de vias, largura de ângulos das curvas e diminuição do comprimento e largura dos lugares de estacionamento.

Fica também claro para todos que a diminuição de lugares de estacionamento será uma realidade (aliás já assumida pela CML), transtornando assim, ainda mais, a vida de quem vive, trabalha e visita a cidade.

Outro dado que parece óbvio será o aumento do trânsito por consequência da diminuição das faixas de rodagem, em grande parte das obras lançadas e a lançar. Aliás uma das causas desta redução das faixas de rodagem tem relação direta com o excesso de oferta de ciclovias uma vez que em alguns casos o “iluminado” Fernando Medina colocará ciclovias, pasme-se, nos dois sentidos da via, reduzindo assim o espaço das faixas de rodagem.

Outra consequência desta deriva do “Marquês” Fernando Medina – esta uma das mais graves – será uma drenagem de superfície deficiente consequência do adiamento, para 2018, das principais medidas do plano de Drenagem, uma vez que a prioridade não é a segurança da cidade (nomeadamente no que toca a cheias), mas sim as obras para Lisboeta ver em ano de eleições.

Compete a muitos de nós lembrar a todos os que possam ter acesso à informação que veiculamos, que as obras de Lisboa não serão, todas elas, necessariamente muito melhores para a cidade. Além disso importa cada vez mais denunciar as fragilidades com que nos vamos deparar no futuro, devido às obras em Lisboa.

Por fim, para além do transtorno atual e dos constrangimentos futuros convém nunca deixar de relembrar que todas estas obras estão a ser financiadas com os impostos dos lisboetas e com empréstimos pedidos pela CML.

Por um lado, a famosa “taxa de proteção civil”, a “taxa turística” e outras tantas taxas que transformam os Lisboetas nuns dos Munícipes com um índice de carga fiscal dos mais elevados de Portugal. Por outro lado, o empréstimo de 230 Milhões de euros que endividará os lisboetas para os próximos 20 a 30 anos.

Convém denunciar e estar preparados, mas o mais importante é dar toda a informação possível para que os lisboetas, em consciência, escolham o que é melhor para Lisboa. Não creio que precisemos de mais nenhum “Marquês” (pretensão de Medina). Creio sim que precisamos de alguém que goste, realmente de Lisboa.


Assim vai Lisboa… Mal.



quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Sugestão para o Natal...

Eu sou daqueles que compra os presentes de natal com antecedência. Irrita-me profundamente as filas, toda aquela dinâmica das horas gastas, dos kilometros feitos em centros comerciais, nas ruas sem fim. Um pesadelo.

Comprar online começou a ser a opção lógica para mim. Há mais diversidade e encontramos coisas que dificilmente se encontra à venda noutro sítio. 

E há exemplos bem giros, ontem segui a recomendação do Gabriel Santos e fui ao site da tal Lipscani. É um conceito diferente, um produto português, com coleções assentes em poetas nacionais, com um look muito anos 20, arte déco. Eu sei, é muito estranho eu estar a falar de malas de senhora, mas quem tem amor à vida e tem de pensar no aniversário  e no presente de natal da mulher com um intervalo de um mês, é bom que comece a saber o que procurar.




quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Há deputados e deputados...

Há muito tempo que não lia uma notícia sobre um deputado que não fosse sobre uma qualquer discussão parlamentar, ou o livrinho a resumir o trabalho de uma comissão, editado em ano de eleições. 

Infelizmente, e injustamente, fomos ficando toldados pela ideia que ser deputado é uma espécie de ocupação amorfa, de obediência ao partido, onde se vota a toque de caixa de alguém. Que haver 230 deputados ou apenas 7 a representar cada partido seria mais ou menos a mesma coisa

O facto do Ricardo Leite ter sido reconhecido pelo trabalho que desenvolveu sobre a Hepatite C, e que teve impacto real na vida dos portugueses, é um bom exemplo para nos recordarmos sobre o que é ser Deputado.

Lê mais aqui: Deputado do PSD distinguido pelo trabalho que fez sobre hepatite C

Mas para quem tiver mais preguiça fica aqui uma citação:

"Como coordenador de saúde pública da Universidade Católica e membro do Parlamento", Ricardo Baptista Leite conseguiu "chegar pessoalmente aos stakeholders para os convidar a fazer parte de um grupo de trabalho", lê-se na página da fundação.

O trabalho desse grupo culminou num pedido de audição ao ministro da Saúde, em fevereiro de 2015, na qual estiveram presentes doentes com hepatite e onde se falou sobre a falta de acesso ao medicamento capaz de curar o vírus. "Dois dias depois, o ministro anunciou que o novo medicamento seria totalmente subsidiado para todos os pacientes em Portugal", lê-se no site.
in expresso

Nota final: O Ministro era do Governo PSD



LIPSCANI


uma marca em boas mãos :)
www.lipscani.pt

Lisboa...

...





Lisboa está na “moda” e mais inundada de turistas do que alguma vez estivera. A barafunda na cidade, o ano inteiro, não engana. Os rankings e os números comprovam-no. Em 2015, Lisboa teve 5,2 milhões hóspedes. Mas tudo tem um preço e também esta “moda”, que para alguns é positiva, tem um custo muito alto para outros que a consideram menos positiva. E esses são os Lisboetas que vivem, de facto, na cidade.

Os lisboetas não são, concerteza, contra o turismo. Aliás antes deste enorme fluxo de turistas, Lisboa e principalmente a baixa da cidade, estava abandonada, portanto é concerteza um fator positivo e foi preponderante para a revitalização da Baixa Pombalina o Turismo. É evidente que a cidade melhorou.

O problema não é o Turismo, mas sim a forma como tem sido promovido e essencialmente como tem sido gerido, tanto pela Autarquia como pela Associação de Turismo de Lisboa (ATL). A falta de regras claras para as atividades económicas associadas ao turismo tem sido um dos grandes fatores de desestabilização das gentes que vive em Lisboa.

Posso dar alguns exemplos, como a estratégia de promoção de alojamento local sem limites, que transformou a baixa lisboeta num mega Hotel; a proliferação dos tuk-tuk que andam pela zona da baixa e bairros históricos promovendo o ruído e poluição, até recentemente, sem limite horário (prejudicando assim os Lisboetas); a ausência de fiscalização de cafés e bares que promovem também o ruido e têm como chamariz a promoção do excesso de álcool nas ruas, como é o caso do Bairro Alto e algumas zonas da freguesia da Estrela. Estes são só alguns exemplos.

Quem sofre com tudo isto e que tem sido passado para segundo plano é o(a) lisboeta que ainda consegue viver na capital. A política da Câmara Municipal de Lisboa e de Fernando Medina aposta na exclusão dos lisboetas da sua cidade em detrimento de turistas que aqui vêm de quando em vez.

Quando deveria apostar em força no repovoamento da cidade, Fernando Medina promove a descaraterização da cidade expulsando os lisboetas, que são substituídos por turistas, que por via do alojamento local, nomeadamente os hostels e hotéis, estão a ocupar tudo. Ou seja, falta equilíbrio na política de promoção do turismo e na politica de repovoamento da cidade.

Mas é natural que não exista qualquer equilíbrio racional pois Fernando Medina não parece ter uma visão integrada para a cidade. Basta ver como, por motivos evidentemente eleitorais, Medina colocou a cidade em estado de sítio com obras por todo o lado, em simultâneo, demonstrando um enorme desprezo, uma vez mais, pelos Lisboetas.

A descaracterização a que a Câmara Municipal de Lisboa e a ATL têm obrigado Lisboa, está a levar a uma evidente substituição dos lisboetas por turistas ou moradores temporários que não pretendem fixar-se na cidade e por isso não pretendem fazer parte da vida de Lisboa, da sua valorização como referência de qualidade de vida e muito menos do seu eterno e patrimonial “bairrismo”.

O “patrono” de Fernando Medina, António Costa, dizia enquanto Presidente da CML que, queria devolver a cidade aos Lisboetas, no entanto António Costa e Fernando Medina têm feito exatamente o contrário. Lisboa perde a cada dia, mais e mais lisboetas e com isso os nossos bairros e freguesias perdem mais vida própria. Naturalmente que temos de ter em conta que o turismo favorece a economia local, mas este turismo massificado e agressivo não consome no comércio tradicional, portanto não o estimula. Pelo contrário, arrasa-o e promove cada vez mais as grandes cadeias de fast-food, as grandes superfícies comerciais, etc.

A política adotada nos últimos anos não só está a expulsar os lisboetas para a periferia com tem tido um efeito perverso no mercado imobiliário transformando o centro da cidade num dos mais caros por m2 da Europa, promovendo a especulação imobiliária, o que obriga a maioria dos lisboetas a procurar casa fora da sua cidade.

Ora desta forma, o cidadão lisboeta médio está longe de tudo aquilo de que poderia usufruir em Lisboa, desde serviços, lazer, etc. Mas parece que esta preocupação não ocupa o tempo do Presidente da Câmara Municipal que em vez de gerir a cidade de forma a equilibrar a convivência entre quem aqui vive e quem visita, ao contrário, está a favorecer e trabalhar, aparentemente, para os turistas.

O afastamento dos lisboetas e a descaracterização da cidade é tão gritante que basta vermos a evolução do nosso comércio local e tradicional. Onde tínhamos uma livraria do bairro temos mais um bar; onde tínhamos aquela sapataria que nos garantia o atendimento generoso e atencioso, além de bons preços, temos mais um bar; a famosa drogaria lá do bairro que tudo tinha, passou a restaurante Gourmet; a oficina que ficava no prédio de esquina e sempre nos desenrascava é hoje a receção de um Hostel onde se fala mais Inglês, Holandês e Alemão do que Português. Ora tudo está a ser substituído por comércio que não corresponde às necessidades dos lisboetas, mas corresponde apenas e só às necessidades dos turistas.

Ora de que serve uma cidade – atualmente em obras por todo o lado – com novo comércio, novos espaços de lazer, passeios renovados (com dimensões dignas de uma metrópole Árabe), etc., se é apenas para turista ver/utilizar?

O Lisboeta médio foi empurrado para fora da cidade nos últimos anos e com isso a cidade tem vindo a perder população fixa, no entanto, diariamente mais do que duplica a população de Lisboa com as pessoas que se deslocam em trabalho ou em visita. Será que poderemos chamar a Lisboa um bom exemplo?

Os Lisboetas que hoje preenchem a periferia da cidade, engrossando assim as fronteiras de Lisboa, apenas podem visitar a sua cidade como se de estranhos se tratassem. A provar esta tese estão os números. Nos últimos anos a população de Lisboa passou de cerca de 800 mil moradores para apenas 500 mil. Enquanto, por exemplo, Berlim e Barcelona estão a impor restrições ao alojamento local e a estimular políticas de repovoamento, Lisboa está a tomar medidas no sentido oposto.

Com a aposta de Fernando Medina e de António Costa no Turismo desenfreado, os papéis dos lisboetas invertem-se. Hoje os que sempre viveram em Lisboa são os “turistas” na sua própria cidade, cada vez mais despovoada e descaracterizada.

Lisboa parece ir num caminho em que perde a cada dia a sua identidade, as suas gentes, o seu bairrismo, o seu sangue quente e acolhedor e principalmente a sua alegria. 

Assim vai Lisboa… Mal!

sábado, 5 de novembro de 2016

É difícil explicar, mas acontece...

Em 2010 Governava o PS de José Sócrates com António Costa como n.º 2 do Partido Socialista. Nesse ano (como comprova o gráfico da primeira foto) foi atingido um nível de dívida pública de mais de 25.000 Milhões de Euros.

Com a entrada do PSD para o Governo em 2011, a dívida pública desceu todos os anos. O PSD deixou o Governo em 2015 com a dívida pública em pouco mais de 5.000 Milhões de Euros, conseguindo reduzir a dívida criada pelo PS em cerca de 20.000 Milhões de Euros. Uma descida de 80% da dívida pública.




O Melhor é que já em 2016 com a Geringonça a Governar a dívida pública passou para mais de 10.000 Milhões de Euros. 

É portanto difícil explicar os dados do Barómetro de Novembro que dão uma queda ao PSD dos 35,3% para os 28,7% (foto Abaixo). 

Importa de facto perceber o que está de errado na mensagem que o PSD está a passar para os portugueses, pois com a evidência aqui demonstrada (e existem muitas mais) este cenário nunca se poderia pôr. Fica aqui a nota para reflexão de todos, mas principalmente para reflexão da atual liderança do PSD.




terça-feira, 1 de novembro de 2016

Incontinência Fiscal, demagogia e cinismo


Portugal tem visto as suas previsões económicas revistas em baixa por todas as instituições nacionais e internacionais. 

A necessidade de atrair investimento e estimular a economia, conseguindo um crescimento constante e robusto, é urgente.

Mas a geringonça não percebe que para o crescimento ser possível é necessário a conjugação da confiança na capacidade de financiamento da economia e da estabilidade da política fiscal.

Certo é a ausência de estabilidade fiscal que se reflete na criação de impostos a cada seis meses, revelando a deriva persecutória a quem quer investir ou a quem tem poupança. Esses “malandros” que são, para a geringonça, “ricos”.

Mesmo com a avaliação recente da DBRS (a única agência que mantém Portugal acima de “lixo”), continuamos com a instabilidade dos juros da dívida, demonstrando a falta de confiança dos mercados na capacidade de financiamento da economia.

A DBRS referiu ainda a possibilidade de rever o outlook da divida Portuguesa para negativo. Isto significa que enviou um sinal aos investidores de que a divida portuguesa é instável e pouco credível, o que pode criar dificuldades de financiamento no futuro.

Também a UTAO afirmou, antes da apresentação do Orçamento de Estado de 2017 (OE2017), que será necessário arrecadar 17.434 milhões de euros nos últimos quatro meses do ano para cumprir os objetivos do OE2016. Costa considera absurdos os avisos da UTAO, mas carrega na carga fiscal indireta.

O governo que prometia não aumentar impostos tem feito exatamente o contrário aumentando todos os impostos indiretos que pode, afetando de forma cega e transversal os portugueses. 

Então os pobres não consomem vinho e refrigerantes? Então os pobres que vivem em Porto Brandão e Trafaria, com casas que têm vista sobre o Tejo e exposição solar, vão pagar mais IMI? Então os pobres não fumam? Então os pobres que têm automóvel não os abastecem?

É esta demagogia que leva os agentes Europeus e Internacionais a traçar um diagnóstico cinzento para Portugal. Em entrevista ao jornal “Financial Times”, o economista chefe DBRS diz que a nossa economia está presa a um “ciclo vicioso de dívida elevada, baixo crescimento e insuficientes reformas estruturais”.

Também o Ministro das Finanças Alemão, Wolfgang Schäuble, advertiu, recentemente, que o caminho deste Governo é de “grande risco”. Schäuble refere que os membros da Zona Euro devem respeitar as regras, como a redução do défice previstos e a contenção orçamental e não acredita que Portugal o faça no médio prazo.

O mais recente dos queixosos é a Comissão Europeia e o tema é a falta de informação no OE2017. O Governo prometeu um ajustamento estrutural na ordem dos 1.135 milhões de euros, mas a informação que chegou a Bruxelas só permite à Comissão ver um ajustamento de 190 milhões. Ou seja, há uma “pequena” diferença de 945 milhões que Costa e Centeno têm de justificar.

O rumo deste Governo é o maior fator de incerteza para Bruxelas, para os agentes económicos, investidores e consumidores. A ausência de uma estratégia para as finanças públicas, a instabilidade fiscal e ainda a falta de compromisso para com as metas económicas e regras europeias têm colocado a realidade financeira e fiscal portuguesa num ziguezague permanente.

A incontinência fiscal deste governo e a forma arbitrária como tem tentado angariar receita e reduzir despesa de curto prazo, criam incerteza e afastam aquilo que mais precisamos neste momento: investimento privado e estrangeiro.

A forma de estabilizar a economia passa por uma política fiscal estável e por políticas de estimulo fiscal que permitam atrair capital estrangeiro, e ainda consolidar o tecido empresarial português. Só com previsibilidade fiscal e uma fiscalidade atrativa, podemos atrair investimento para voltar à trajetória de crescimento da economia.

A proposta de OE2017 revela um caminho sinuoso entre a demagogia de quem tudo promete e o cinismo de quem finge respeitar as regras europeias. Assim vai Portugal…