terça-feira, 25 de agosto de 2015

Primeiro abraçou António Capucho, depois piscou o olho a Manuela Ferreira Leite e, por arrasto, passou a mão no pêlo de Pacheco Pereira. Agora leva Ribeiro e Castro para a reentré.

Não vou tecer grande considerações sobre as cambalhotas e silêncios ensurdecedores de algumas destas pessoas, as ações ficam com quem as pratica. No entanto, não posso deixar de sublinhar que em 2009 MFL apresentou-se a eleições com a sua Política de Verdade que alertava já para o estado depauperado das finanças públicas e para a necessidade de se inverter o rumo, sendo secundada quer por António Capucho quer por Pacheco Pereira, e não consta que Ribeiro e Castro discordasse desta visão.  

Já António Costa pontificava como nº2 na barricada oposta, da qual os epítetos mais simpáticos que saíam para se referirem a MFL era “a velha”, “a bruxa”, entre outros. Não consta que Costa tenha tentado colocar travão a este tipo de campanha ou que concordasse com a denominada Política de Verdade, antes pelo contrário. Agora, 6 anos depois, e em desespero de causa, vale tudo.

Isto diz muito sobre o carácter das pessoas, quer de um lado quer do outro.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Emprego

Ontem a coordenação da parte económica do programama do Partido Socialista prometia a criação de cerca de 207 mil novos postos de trabalho. Agora é António Costa a dizer que não se trata de uma promessa mas de uma previsão. Amanhã talvez passe de previsão a uma impossibilidade. Aí Costa... Costa...

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Jorge Jesus

Mas alguém tem dúvida de que o homem em Junho já trabalhava na academia de Alcochete e foi anunciado durante aquele mês como treinador oficial do Sporten com comunicação feita inclusive à CMVM?

sábado, 8 de agosto de 2015

O pesadelo do Edson Athayde

O grande duelo das próximas legislativas vai ocorrer entre dois medos, o medo de manter a austeridade e o medo de voltar ao despesismo do passado deitando a perder todo o esforço feito até agora (Já escrevi sobre isto aqui)

Com a coligação associada à austeridade, o PS fica com espaço para se assumir como alternativa e cavalgar o medo da austeridade.

E é aqui que começa a primeira parte do pesadelo, ao tentar inovar no primeiro outdoor foram buscar um simbolismo quase infantil, pouco adaptado à realidade europeia, que rapidamente se prestou à chacota. 

A senhora bonita de cabelo ao vento, que olha para um futuro solarengo e que afasta o manto da obscuridade, da austeridade...
Questões estéticas à parte, até pode ser um apelo à esperança e à confiança, mas com uma falha evidente, não é suportado pela realidade, não é suportado pela imagem do candidato do PS.  

Verdade seja dita, em defesa do Edson Athayde, a forma não ajuda, mas se o candidato fosse mais credível, se não tivesse o histórico que tem, em particular nos governos de José Sócrates, ou na Câmara de Lisboa e se não tivesse sido vendido como o grande líder no golpe palaciano contra o António José Seguro, estes outdoors não teriam sido gozados desta forma:


 ou desta forma:

Ou ainda:

Mas a ideia por trás não está má... É até óbvia, o Costa é contra a austeridade.

Mesmo assim, acho  melhor  conseguidos os novos outdoors do PS. Estes procuram dar um rosto aos números do governo, aos desempregados e a quem tem trabalho precário.

Estes sim procuram tirar proveito do sentimento que grande parte do eleitorado tem e tentam galvanizar o medo da austeridade, da insensibilidade dos números.

A estratégia não é nova, encontrar casos reais, dentro dos segmentos que se pretendem trabalhar.


O problema surge quando alguém se esquece de fazer as contas e dão como exemplo um caso que ocorreu aquando de um governo do Partido Socialista, de um governo de José Sócrates.

Ou ainda, quando tentam colocar a mensagem errada na pessoa certa (no segmento certo). 

Das duas uma, ou tiveram muita dificuldade em encontrar alguém do segmento que queriam trabalhar, ou alguém não fez o seu trabalho. (Lê mais aqui: Histórias dos cartazes não pertencem às pessoas fotografadas).
(imagem retirada daqui) 

O posicionamento até está correto, as mensagens também, mas a forma transparece uma execução em cima do joelho. Alguém não olhou para a realidade portuguesa, nem pensou na execução com a serenidade necessária. Por outras palavras, a confusão está instalada (Lê mais aqui)

A pressa de colocar cá fora outdoors que fizessem esquecer os primeiros acabou por evidenciar ainda mais o nervosismo de quem não consegue descolar nas sondagens (Lê mais aqui: PS e Coligação separados apenas por 1,5%).

Compreendo que o posicionamento de uma candidatura cujo líder está associado a maus governos, a lideres problemáticos e ainda por cima, que foi sobrevalorizado aquando da sua subida ao poder é particularmente difícil. 

Como é que alguém que integrou governos despesistas, responsáveis pela entrada da troika no país vai convencer os portugueses que será um bom Primeiro Ministro? Como irá convencer que agora sim fará diferente? 

É um desafio difícil, diria até um pesadelo, especialmente se se tiver em consideração a frustração e pressão da máquina partidária socialista. Afinal de contas, com Costa como candidato e com Seguro fora do caminho iam ser favas contadas. 

Sinceramente, não serão estes outdoors que irão dar a derrota, ou a vitória a qualquer dos candidato, mas uma coisa é certa, não ajudam nada a transmitir segurança e confiança à candidatura do António Costa.