quinta-feira, 27 de julho de 2017

Era só o que faltava o Presidente da República Portuguesa andar a comentar listas de falecidos com nomes repetidos, ou suicídios que não existiram.

Depois do que se passou durante a Presidência do Jorge Sampaio, que dissolveu a Assembleia da República e convocou as eleições que fizeram de José Sócrates Primeiro Ministro. Depois de um Presidente da República ter tirado o tapete a um Primeiro Ministro com maioria parlamentar (lê mais aqui), é no mínimo  infantil existirem claques dentro dos partidos de direita a criticar o atual Presidente da República por ser diferente de Jorge Sampaio. Depois do que aconteceu com Santana Lopes, ninguém deveria defender a parcialidade da mais alta figura do Estado.

Esta atitude de querermos eleger um do nosso clube, para cumprir uma missão para o nosso clube (e não para o país) é de uma irresponsabilidade atroz.

Era só o que faltava o Presidente da República Portuguesa andar a correr à pressa a comentar listas de mortos que afinal tinham nomes repetidos (lê mais aqui e aqui), ou suicídios que na realidade não existiram (lê mais aqui). 

Mas, sejamos sinceros, não devia o Presidente da República, nem ninguém com cargos de responsabilidade no Estado, lideres partidários incluídos. 



Isto tudo apenas para recordar que ser militante não é a mesma coisa que ser adepto.

Quando assinamos a ficha de militância de um partido é suposto estarmos conscientes que o fazemos porque nos identificamos com os seus princípios ideológicos, ou com as pessoas que o lideram.

Por outro lado, a adesão a sócio de um clube de futebol assenta em princípios diferentes. Assenta na cor da camisola, nas preferências dos nossos familiares e amigos, ou até na frequência com que aquela equipa ganhou enquanto éramos crianças.  - O que não quer dizer que para alguns as razões para a filiação sejam muito diferentes destas.
 
Ou seja, eu sei porque me filiei no PSD, mas sinceramente não faço a mínima ideia porque me tornei adepto do Benfica - (apesar de saber porque continuo - #CarregaBenfica). 

quarta-feira, 12 de julho de 2017

EFICÁCIA (?)

 



A eficácia da oposição reflecte-se na forma com consegue marcar a agenda e o debate político, garantindo aos portugueses que os temas mais importantes para as suas vidas são realmente discutidos.

Neste momento particular em que temos assuntos comno o roubo de Tancos, o SIRESP, os incêndios e as suas vitimas, Secretários de Estado que se demitem no âmbito do chamado GALPGATE, o PSD e Passos Coelho definem como prioridade debater o futebol???

Ora, não consigo perceber a eficácia de colocar como prioridade da agenda política a alteração do regime jurídico das federações desportivas e quem deve, ou não, elaborar os regulamentos de disciplina e arbitragem.

Não é, com certeza, a grande prioridade nacional. Enfim!

domingo, 2 de julho de 2017

Aceitam-se apostas. Antes ou depois das legislativas?

Ontem decorreram as eleições para a distrital do PSD de Lisboa. Como era de esperar, o Pedro Pinto foi eleito presidente da Comissão Política. 

Do que conheço dele, acredito que será um bom presidente.

Mas até aqui, tudo bem, se a notícia principal de ontem tivesse sido esta.

Pelo que tenho lido, a notícia que mais se lê foi a da vitória do movimento Lisboa Sempre no concelho de Lisboa (lê mais aqui). O tal movimento que contesta a forma como Pedro Passos Coelho tem conduzido o processo autárquico. Neste caso, em particular, o veto dos seus opositores e as suas escolhas pessoais. 

Este aumento do peso eleitoral do movimento Lisboa Sempre, na maior concelhia do Distrito de Lisboa, tem sido lido como um sinal do que pode vir a acontecer no resto do país, pois a lista de delegados encabeçada por Nuno Morais Sarmento e apoiada por Rodrigo Gonçalves, obteve cerca de 60% dos votos, contra os apoiantes de Pedro Passos Coelho.

Mas, se o desconforto com o processo de escolhas de candidatos na capital do país não fosse suficiente, também a forma como estas eleições foram marcadas pode ter sido um dos motores para esta derrota de Pedro Passos Coelho. 

A escolha da data das eleições e a seleção das concelhias autorizadas a ir a votos, parece, também, ter indignado os militantes da capital do país. Pois, segundo dizem, estas escolhas tiveram mais a ver com o condicionamento das concelhias, antes da entrega das listas autárquicas, do que com a organização das eleições de outubro. 

Se a concelhia de Lisboa pediu a antecipação de eleições ainda em abril (lê mais aqui,ou aqui), porque é que apenas foram permitidas eleições para as concelhias de Cascais, Mafra, Odivelas, Amadora e Vila Franca de Xira?

Assim, não é de estranhar o facto da única lista apresentada para a comissão política distrital, (ligada a Pedro Passos Coelho), ter perdido, no concelho de Lisboa, para os votos brancos e nulos (que representaram 51% dos votos).  


Apesar do PSD de Lisboa ter assumido que irá cumprir a sua obrigação e apoiar a candidata escolhida por Pedro Passos Coelho, aos olhos das bases de Lisboa, fica a ideia que todo o processo autárquico foi pouco transparente e que provavelmente haverá consequenciais. 

Resta saber se antes ou depois da definição dos candidatos a deputados, pois ficou claro que no resto do país as criticas se vão manter nos bastidores...

(imagem retirada daqui)


Nisto o Passos é coerente...

No PSD pede-se a demissão da Ministra da Administração Interna (lê mais aqui).

Pelo menos nisto o Passos é coerente. Não interessa se é culpado, ou não, não interessa se é "dos seus" ou não, quando há bronca o assunto resolve-se com uma demissão. Já o Costa, por outro lado, parece que não tem o hábito de deixar assim cair os seus.