terça-feira, 31 de outubro de 2017

O Estado não quer pagar indemnização por morte de uma bombeira?

O Estado foi condenado em Setembro a pagar uma indemnização de cerca de 200 mil euros pela morte da bombeira Viviana Dionísio, 29 anos, durante o combate a um incêndio em Agosto
do ano passado, mas o Ministério Público recorreu da decisão por considerar a verba excessiva. Apesar de me parecer óbvia a responsabilidade do Estado, já que os bombeiros estão na alçada da autoridade Nacional de Protecção Civil, ou seja, da entidade que supervisiona o trabalho dos bombeiros, até posso aceitar que o Estado recorra por não se considerar culpado na morte desta bombeira, mas ao facto da indemnização ser excessiva, deixa-me chocado.

Quanto custa uma vida humana para o Estado? Haverá algum dinheiro que possa compensar a morte de uma filha? De uma esposa? De uma mãe? Que falta de respeito pela vida humana, que aqui é colocada ao nível de uma qualquer mercadoria.


sábado, 28 de outubro de 2017

Um Partido Novo (5/10/2011)




SANTANA LOPES ADMITE FORMAR NOVO PARTIDO

O antigo primeiro-ministro diz que quer continuar na política mas que a discordância com o PSD em certas matérias o leva a pensar na criação de um novo partido.

In, Diário de Notícias 

5 de Março de 2011...Já Passos Coelho liderava o PPD/PSD.

Como diria a Lena de Água: " Demagogia feita à maneira é como queijo numa ratoeira"


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Mas o que passava pela cabeça do juiz?

"O adultério da mulher é um gravíssimo atentado à honra e dignidade do homem". "Sociedades existem em que a mulher adúltera é alvo de lapidação até à morte". "Na Bíblia, podemos ler que a mulher adúltera deve ser punida com a morte". Esta é uma parte dos argumentos utilizados pelo Juiz Desembargador, Joaquim Neto Moura, para fundamentar uma sentença perdulária para com dois homens que agrediram uma mulher.

Esta abordagem perdulária para com a violência doméstica, assente em referências religiosas, podia muito bem ter ocorrido na Arábia Saudita, onde apenas recentemente foi permitido às mulheres conduzir.

Em Portugal, não é admissível que um juiz fundamente desta maneira uma decisão, nem tão pouco que esta mentalidade da Idade Média seja a base de uma decisão judicial. E o facto do Supremo Tribunal não assumir responsabilidades, apenas parece confirmar que há Juízes em Portugal que se confundem com a Lei e que acreditam estar acima da Moral e da Ética.

Se a referência bíblica, só por si, é estranha num Estado laico, onde particularmente a justiça se presume laica, não deixa de indiciar algo que Freud certamente saberia explicar. 

Isto para dizer que na realidade não sei o que estaria na cabeça do juiz, mas, como o que nos guia são as emoções, provavelmente terá sido alguma memória mais traumática. (até por ser reincidente neste tipo de abordagem)


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O Presidente da res pública

O Presidente da República tem sido incansável nas suas visitas pelos concelhos mais afetados pelos incêndios. As suas palavras de conforto, os seus abraços, o seu espírito de missão é inspirador e os seus gestos revelam a sua enorme nobreza. Eu, tal como a maioria dos portugueses, revejo-me em Marcelo Rebelo de Sousa. 

Mais do que o Presidente dos afetos, é incontestavelmente o Presidente da República, da res pública. Não se tratam de beijos em tempo de campanha politica, são gestos que transparecem genuinidade e dedicação ao seu povo, um homem talhado para o mais alto cargo da nação. 

Numa sociedade onde o Estado está cada vez mais distante da população, onde cada vez mais os sites e os atendimentos automáticos se substituem às pessoas o Presidente da República marca a diferença e traz de volta a Humanidade aos órgãos do Estado.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O Presidente da República falou pelas famílias das 100 pessoas que morreram por falência do Estado.

No discurso aos portugueses o Presidente da República optou por exigir responsabilidades pela morte de 100 pessoas. Ele podia ter optado por um discurso vazio, sobre a importância da floresta, os erros do passado, blá, blá, blá. Mas optou por responsabilizar, optou por dar voz às pessoas.

O Presidente da República não falou nem pela esquerda, nem pela direita, falou pelas famílias das 100 pessoas que morreram por falência do Estado.

Pessoalmente, há dois temas que me parecem óbvios, a profissionalização das corporações de Bombeiros e a criação de uma esquadrinha de combate a incêndios integrada na Força Aérea. 


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Depois de várias demonstrações de apoio, estou a ponderar concorrer à liderança do PPD-PSD.